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Vazamento de dados não diminiu mérito do Enem, dizem educadores

Por Renata Honorato
5 ago 2010, 08h30

Sob o ponto de vista da educação, o vazamento dos dados pessoais de quase 12 milhões de alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2007 e 2009, revelado na quarta-feira, não deverá comprometer a credibilidade da prova, segundo especialistas ouvidos por VEJA.com. Eles também acreditam que ele seguirá como uma avaliação importante do sistema de ensino nacional – e que o episódio deverá ser tratado como problema administrativo, sem comprometer o valor da prova.

O mestre em educação Cláudio de Moura Castro, colunista de VEJA, afirma que o episódio do vazamento ficará para a história do exame apenas como um “acidente de percurso”. “O que não pode ocorrer é uma exploração sensacionalista do fato”, explica. Castro ressalta ainda que é preciso tomar cuidado para não confundir os problemas de gerenciamento da prova, a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), com sua importância para a educação. “Esse vazamento não vai tirar o mérito do Enem”.

Gilberto Lacerda, professor da Universidade de Brasília (UNB) e PhD em educação, concorda que a relevância do exame deverá superar os tropeços de sua aplicação. “Esse é um consenso no meio acadêmico”, afirma. Por isso, ele duvida que os problemas ocorridos desestimulem estudantes e escolas a participar do exame. “O Enem é um sistema de grande complexidade, suscetível a erro, a exemplo do que pode ocorrer com um sistema bancário ou eleitoral”, diz. “O que acontece é que, como seu impacto atinge milhões de jovens em todo o Brasil, a comoção em torno do assunto é muito grande”.

Caso de polícia – Doutora em educação, Sandra Maria Zakia Lian Sousa, professora da Universidade de São Paulo (USP), considera lamentável o vazamento dos dados pessoais. “Infelizmente esse é mais um problema que constata o quão comprometida está a gestão do exame”, afirma a especialista. “Particularmente, acho o episódio um caso de polícia”. Vale lembrar: a universidade paulista não adota a nota do Enem como critério de seleção de seu vestibular, como acontece nas universidades federais, por discordar do método da prova federal.

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