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O regime de meritocracia dá resultados na educação

Mais de 30 000 escolas públicas brasileiras já adotam sistemas que premiam os professores com base no desempenho de seus alunos

Por Renata Betti
25 jun 2012, 10h09

“A meritocracia precisa vir acompanhada de um conjunto de medidas acertadas para realmente transformar uma escola”, Maria Helena Guimarães de Castro, diretora da Fundação Seade.

Mais de 30 000 escolas públicas brasileiras já adotam sistemas que premiam os professores com base no desempenho de seus alunos. É coisa recente, daí saber-se ainda tão pouco sobre seus efeitos. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, se debruçaram sobre a rede estadual de São Paulo, uma das primeiras no país a adotar um regime de meritocracia, em 2008. Ali, as escolas têm metas de aprendizado e, se elas forem atingidas, seus funcionários, incluindo diretores e mestres, são agraciados com um bônus no salário. Quem extrapolar o esperado ganha mais, como no mundo corporativo. O estudo da USP, que investigou os dados da Prova Brasil, aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) a alunos de colégios públicos, concluiu que o avanço verificado nas notas é um sinal de que o sistema está funcionando. Diz o economista Luiz Guilherme Scorzafave, coordenador da pesquisa: “O resultado faz refletir sobre a necessidade de propagar esse tipo de iniciativa por todo o país”.

Os números são particularmente animadores nas classes de 5º ano, nas quais o maior progresso se deu nas aulas de matemática. Segundo a escala do MEC que define o aprendizado desejado para o fim de cada ciclo, a evolução dos estudantes em São Paulo na disciplina – registrada em um intervalo de apenas dois anos – equivale a um semestre escolar. O entusiasmo provocado pela política que premia talento e esforço tem seu peso, mas evidentemente não explica tudo. “A meritocracia precisa vir acompanhada de um conjunto de medidas acertadas para realmente transformar uma escola”, observa Maria Helena Guimarães de Castro, diretora da Fundação Seade. Ao contrário do Brasil, onde a ideia de distinguir os melhores sempre esbarrou no corporativismo, os países mais ricos já acolhem há décadas esse princípio. Muitas vezes, os saltos são extraordinários; noutras, os efeitos são ainda tímidos ou não conclusivos – o que faz refletir sobre maneiras de aprimorar o sistema. A experiência não deixa dúvida de que só com boas e entusiasmadas cabeças é possível vencer o duro caminho que leva à excelência.

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