Sisu do meio do ano registra 790.000 inscritos
Para atender demanda crescente, MEC vai criar universidade à distância
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) recebeu a inscrição de 788.891 candidatos na segunda edição deste ano (confira a lista de aprovados). Ao todo, foram realizadas 1.527.446 inscrições, já que é permitido ao candidato se matricular em até dois cursos. O número de inscritos corresponde a um crescimento de 22,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, reconheceu que a oferta de vagas não acompanha a crescente demanda pelo acesso ao ensino superior, e afirmou que a pasta pretende criar uma universidade de ensino à distância para diminuir a lacuna.
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Os quase 790.000 candidatos disputaram 39.724 vagas em 54 instituições públicas. No mesmo período do ano passado, eram 30.548 vagas para 642.878 estudantes. “Encaminharemos o projeto da universidade à distância ao Congresso no início do próximo semestre. Não há como atender ao tamanho da demanda se não for por essa modalidade”, afirmou o ministro. Mercadante ressaltou, porém, que a criação de quatro universidades, sancionada pela presidente Dilma Rousseff neste mês, e também a ampliação de vagas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e no Instituto Militar de Engenharia (IME) são parte das medidas tomadas pelo MEC para disponibilizar mais vagas no ensino superior.
O curso de medicina, como já é tradição, ocupou os sete primeiros lugares do ranking dos dez mais procurados no Sisu. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) destacou-se como a mais procurada pelos estudantes, ao receber a matrícula de 124.778 inscritos. Em seguida estão a Universidade Federal Fluminense (UFF), com 119.283 inscritos, e a Universidade Federal do Piauí (UFPI), com 109.503 inscritos. Treze por cento dos alunos matriculados buscaram outros estados da federação para disputar uma vaga.
O balanço do Sisu mostra um avanço na procura pelo sistema por parte dos cotistas. Nesta edição, 42,4% dos inscritos estavam matriculados pelo critério de cor ou etnia (pretos, pardos ou indígenas) e renda familiar. Para entrar no Sisu por meio das cotas, é necessário ser egresso de escola pública ou bolsista da rede privada.
Mercadante ressaltou que o desempenho dos estudantes cotistas não difere muito do obtido por estudantes egressos da escola privada. “A diferença entre as notas é muito pequena, em torno de, no máximo, 4,5%”, afirmou o ministro.
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