Professores decidem manter a greve em São Paulo
Cerca de 60 mil docentes participaram de assembleia no vão livre do Masp na tarde desta sexta-feira
Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram, na tarde desta sexta-feira, manter a greve que teve início há duas semanas. A decisão foi tomada durante assembleia realizada com cerca de 60.000 professores no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Depois da assembleia, o grupo segue em passeata em direção ao Centro da cidade.
Leia também:
Primeiro dia de greve na rede estadual de ensino de SP tem adesão baixa
Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), cerca de 140.000 professores estaduais aderiram à greve nesta semana – o equivalente a 60% do total de 230.000 docentes. De acordo com a Secretária da Educação do Estado de São Paulo, porém, a adesão da greve nas escolas variou de 2% a 4%, número que pode ser comparado às faltas regulares de professores ao longo do ano.
Os professores reivindicam aumento salarial de 75,33%, redução da jornada de trabalho, mudança na contratação de professores temporários, disponibilidade de água nas escolas e fim das salas superlotadas – os docentes querem um máximo de 25 alunos por sala. O governo estadual alega que o salário dos docentes, de 2.415,89 reais, é 25% superior ao piso nacional, de 1.917,78 reais.
De acordo com o sindicato, uma reunião com a Secretaria da Educação foi marcada para a próxima segunda-feira. A próxima assembleia do sindicato dos professores está marcada para a próxima quinta, dia 2, na Praça da República.
A Secretaria da Educação afirma que existem 35.000 professores aptos a substituir profissionais que faltem ao trabalho. A orientação da secretaria aos pais é que encaminhem seus filhos às escolas, já que as aulas não estão suspensas.
(Da redação)