PM retira grevistas acampados em campus da USP

Cerca de 40 pessoas acampavam na Cidade Universitária em protesto contra congelamento de salários. Sindicato ameaça retomar ocupação na segunda

Por Da Redação
3 ago 2014, 17h36

Grevistas que acampavam na Cidade Universitária da USP são retirados pela PM (MARCO AMBROSIO/Estadão Conteúdo/Estadão Conteúdo)

A Polícia Militar cumpriu neste domingo mandado de reintegração de posse e retirou cerca de 40 grevistas da Universidade de São Paulo (USP). O grupo estava acampado em frente ao Centro de Práticas Esportivas, no campus Butantã, na Zona Oeste da capital, desde a noite de quinta-feira em protesto contra o congelamento salarial. Os funcionários queriam impedir a realização da Feira de Profissões no local, prevista para começar na próxima quinta-feira. Não houve resistência à ação policial.

A retirada dos gravistas foi autorizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que no dia 25 publicou uma determinação impedindo a realização de piquetes e bloqueios nos prédios da instituição, sob pena de multa e com autorização de uso de força policial em caso de descumprimento da ordem.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, os manifestantes vão reocupar a área nesta segunda-feira. “Fizeram a reintegração hoje porque a USP está esvaziada. Não fizemos nenhuma resistência, mas vamos voltar com força. Amanhã, o bicho vai pegar”, afirmou Carvalho.

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Apesar do protesto, a reitoria da USP informou que a realização do evento, que ocorre entre os dias 7 e 9 de agosto, está mantida. A feira serve para que os vestibulandos conheçam os cursos oferecidos na instituição e é realizada todos os anos na Cidade Universitária.

Os funcionários da USP e também da Universidade Estadual Paulista (Unesp) estão em greve há mais de dois meses. A paralisação foi deflagrada após o anúncio de congelamento nos salários em função do comprometimento da verba recebida do Estado pelas instituições.

Os funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que também haviam cruzado os braços, decidiram na última quinta-feira retomar as atividades até nova negociação, prevista para setembro. A instituição de Campinas teve o início das aulas do segundo semestre adiada em função da greve. Na USP e na Unesp, a volta às aulas está prevista para amanhã.

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(Com Estadão Conteúdo)