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Pé-de-meia ou bolsa para chegar a melhores universidades

Um ano em Harvard ou Cambridge custa 85 000 reais. É preciso planejar graduação no exterior a longo prazo ou recorrer a bolsa e crédito estudantil

Por Nathalia Goulart
25 out 2010, 08h25

Estudar nas melhores universidades do mundo pode ser um plano custoso. Na norte-americana Harvard, melhor instituição de nível superior do mundo de acordo com ranking da publicação Times Higher Education, ou na britânica Cambridge, a 6ª da lista, o ano letivo não sai por menos de 85 000 reais – incluídas despesas acadêmicas, taxas e custo de moradia. O valor é alto se comparado às instituições particulares brasileiras e requer um investimento que não está ao alcance de todos. A menos que o candidato seja um felizardo herdeiro de milionários, só há três caminhos para realizar o sonho: planejar a graduação com muita antecedência, recorrer a empréstimos (no Brasil ou no exterior) ou contar com a ajuda de bolsas de estudo.

Quando os especialistas falam em “planejar com muito antecedência”, estão mesmo falando sério. Myrian Lund, professora de finanças da Fundação Getúlio Vargas, recomenda que as famílias de classe média comecem a poupar com até uma década e meia de antecedência. Assim, durante quinze anos, poderão economizar mensalmente 500 dólares (cerca de 840 reais) – uma opção é mandar esse montante para um fundo de renda fixa, como o CDB. Se o planejamento for feito em dez anos, deve-se separar 1 100 dólares (1 850 reais ), e se os interessados só dispuserem de cinco anos, terão de economizar 2.500 dólares ao mês (4 200 reais). “Para pagar todas as despesas, a família precisa dispor de muito dinheiro”, resume Gustavo Ioschpe, economista, especialista em educação e colunista de VEJA.

Dada a dificuldade, Ioschpe aponta as alternativas. “Nos Estados Unidos, o crédito estudantil é facilitado e mesmo no Brasil é possível contrair um empréstimo bancário para bancar as despesas com o estudo no exterior”, diz. “Deve-se levar em conta que o estudante terá o retorno desse investimento. Ele sai de um centro de excelência como Yale ou Oxford com a garantia de um bom salário.”

Bolsas de estudo – Outra boa notícia aos pretendentes é que, nas universidades americanas, por exemplo, as anualidades raramente são pagas integralmente. Em Harvard, 60% dos estudantes recebem algum tipo de ajuda financeira. É regra na universidade que nenhum aluno deixe de ingressar na instituição por falta de dinheiro. O mesmo vale para Yale e demais universidades de ponta do país.

Simon do Vale Nascimento, de 23 anos, recém-graduado na Universidade de Chicago, aproveitou a oportunidade de estudar sem nenhum custo na 12ª melhor instituição do mundo, segundo o ranking da Times Higher Education. Antes mesmo de ser admitido pela instituição, contou com apoio financeiro: ele foi um dos participantes do Opportunity Grants, do Education USA, órgão oficial do departamento de estado dos Estados Unidos que auxilia estudantes estrangeiros a encontrar uma vaga nas universidades locais. Pelo programa, Nascimento teve todas as despesas com exames e inscrições – que podem variar entre 2 000 e 4 000 dólares – custeadas pelo governo do país.

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Na Grã-Bretanha, a situação é um pouco diferente. Conseguir ajuda financeira para ingressar em Cambridge ou Oxford, por exemplo, pode ser complicado. “Em geral, a ajuda de custo oferecida pelas instituições são destinadas a alunos da pós-graduação, que possuem cursos mais curtos, de apenas um ano de duração”, afirma Rodrigo Gaspar, gerente de marketing e comunicação do British Council.

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