Inep prevê que textos com alta divergência de notas cheguem a 1,2 milhão
Por Da Redação
6 nov 2012, 10h41
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prevê que o número de redações do Enem que passarão por um terceiro corretor chegue a 1,2 milhão nesta edição, o triplo do registrado em 2011 (379.786). O índice representa 29% do total de alunos que fizeram a prova.
O Inep aumentou o rigor na correção dos textos neste ano ao reduzir a nota de discrepância de 300 para 200 pontos (confira na tabela detalhes de como será feita a correção) Todas as redações são submetidas à análise de dois corretores – o terceiro atua quando há divergência superior a 200 pontos. Segundo o presidente do instituto, Luiz Cláudio Costa, os corretores deverão começar os trabalhos no próximo dia 14. Antes disso, as redações de todo o país serão digitalizadas. Ao todo, a correção das dissertações mobilizará um contingente de 5.683 corretores, 229 supervisores, 12 coordenadores e 462 auxiliares de supervisão.
A mudança na forma de correção dos textos do exame aconteceu após uma série de reclamações de candidatos que se sentiram lesados na edição 2011. Alguns participantes entraram, inclusive, com processos judiciais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro).
Como será feita a correção da redação do Enem 2012
Passo 1 O primeiro avaliador atribui uma nota para cada uma das cinco competências exigidas pelo MEC. Cada competência vale 200 pontos e, portanto, a nota total do aluno pode variar de 0 a 1.000 pontos. Passo 2 O segundo avaliador repete o processo do primeiro e atribui também uma nota de 0 a 1.000 à redação. Se houver concordância, a nota final será a média aritimética das duas notas. Desempate Caso haja uma discrepância de 200 pontos entre as duas notas – ou uma diferença de 80 pontos em cada uma das competências avaliadas – um terceiro avaliador é convocado. Até 2011, a margem de diferença era de 300 pontos. Passo 3 O terceiro avaliador analisa a redação e atribui a ela uma nota entre 0 e 1.000 pontos. Caso não haja discrepância entre o terceiro e pelo um dos outros avaliadores, a nota final será a média aritimética das duas notas que mais se aproximarem. Desempate Caso persista a diferença de 200 pontos entre os três avaliadores anteriores, uma banca composta por três outros corretores será convocada. Passo 4 Após a avaliação dos três integrantes, uma nova final será atribuída ao candidato.
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Competências avaliadas no texto
Número 1 Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita. Número 2 Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Número 3 Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Número 4 Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Número 5 Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
As razões da nota zero
Razão 1 Não atender a proposta solicitada ou apresentar outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará “fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”. Razão 2 Deixar a folha de redação em branco. Razão 3 Escrever menos de sete linhas na folha de redação, o que configurará “texto insuficiente”. Linhas com cópias do texto de apoio fornecido no caderno de questões não serão consideradas na contagem do número mínimo de linhas. Razão 4 Escrever impropérios, fazer desenhos e outras formas propositais de anulação Razão 5 Desrespeitar os direitos humanos
Lula nega crise com Congresso e descarta reforma ministerial
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