Matrículas do Sisu estão suspensas, diz sindicato
Segundo entidade, funcionários de 48 das 56 universidades que participam do programa aderiram a greve dos técnicos-administrativos
Por meio de nota, a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) afirmou nesta sexta-feira que as matrículas dos aprovados no Sistema de Selação Unificada (Sisu) estão suspensas por conta da greve que atinge as universidades federais. “Depois de várias tentativas de negociação com o governo, sem sucesso, os técnico-administrativos de todo país, não efetuarão as matrículas dos estudantes”, informou a entidade. A Fasubra representa os servidores das universidades e institutos federais, que estão em greve desde o dia 11 deste mês.
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A coordenadora-geral da entidade, Janine Teixeira, informou que os técnicos administrativos de todas as universidades e institutos federais de educação profissional aderiram à paralisação. Por isso, a matrícula deverá ser suspensa nessas instituições – são 48 entre as 56 que participaram desta edição do Sisu. As outras são insituições estaduais. No ano passado, a categoria também fez uma longa greve, mas os principais serviços, como matrícula, não foram interrompidos.
Para o processo seletivo do segundo semestre, o Sisu recebeu mais de 1,2 milhão de inscrições de mais de 600.000 candidatos. Eles disputaram umas das 30.548 vagas oferecidas em 21 estados brasileiros.
De acordo com o calendário do Ministério da Educação (MEC) as matrículas do Sisu começam nesta sexta e seguem até o dia 9 de julho. Uma segunda lista de aprovados está programada para ser publicada no dia 13, mas o MEC ainda não informou se haverá alguma alteração por conta da paralisação dos funcionários. De acordo com a Fasubra, a greve não tem data para ser encerrada. “Ficaremos com as matriculas e as demais atividades paralisadas por tempo indeterminado, até o governo abrir uma mesa de negociação com a categoria.”
No início da tarde, os aprovados na Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo, já encontravam problemas na hora da matrícula. Segundo uma nota assinada pelo pró-reitor de administração, Custódio Luís Silva de Almeida, o comando de greve decidiu não permitir a matrícula atendendo à orientação do Fasubra. Na Federal do Racôncavo da Bahia (UFRB), grevistas bloquearam a entrada do Pavilhão de Aulas I, onde seriam realizadas as matrículas, em Cruz das Almas, 146 quilômetros a oeste de Salvador, e instruíram os estudantes a voltar para a casa.
Já na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, as matrículas estavam previstas para serem realizadas pela internet, mas agora são feitas pessoalmente. Isso porque servidores da área de tecnologia da informação da instituição paralisaram o trabalho. A UFVJM orienta os 876 selecionados a se matricular no campus de Diamantina. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a segunda com maior número de vagas no programa (3.354), orientou todos os alunos a enviar pelo correio os documentos necessários para a matrícula, caso não consigam realizá-la pessoalmente no campus do curso para o qual foram aprovados.
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