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Kroton mira aquisição de instituições de ensino presencial

O que motiva escolha é o fato de os alunos da modalidade presencial contarem com ajuda do Fies para pagar seus estudos

Por Da Redação
5 dez 2012, 12h56

Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, organização educacional controlada pelo fundo americano Advent, disse nesta quarta-feira que o foco da companhia é a aquisição de instituições de ensino presencial. O que motiva a escolha da empresa é o fato de os alunos no ensino presencial contarem com ajuda do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para bancar seus estudos. “Atualmente, nossa base de alunos com Fies soma 43%, mas deve chegar a mais de 50% até o final de 2013”, disse Galindo.

Dessa forma, o executivo descartou no curto prazo a aquisição de instituições de ensino a distância. Isso porque, segundo ele, a companhia já fez compras que a colocaram em posição competitiva no segmento. Galindo estima que, ainda que o ensino a distância gere uma margem Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) mais saudável, é a modalidade presencial que vai registrar um maior ritmo de crescimento do número de alunos nos próximos anos. O impulso para tal ascensão, acredita, virá do Fies.

Na busca por ativos da companhia, merecem destaque aquisições nas regiões Norte e Nordeste. As áreas apresentam grande potencial de crescimento em razão da baixa presença de alunos no ensino superior. Galindo não descarta, porém, compras em grandes mercados, como São Paulo. “Mas precisam ser de empresas com marcas consistentes”, disse. “Mais do que gerar caixa, precisam gerar valor no longo prazo.”

O executivo reforçou a meta de margem Ebitda de 26,7% para 2012. “Podemos superar o ‘guidance’ (projeção)”, disse. Ele acrescentou que o aumento não se deve apenas ao incremento das operações de ensino a distância, mas à melhoria operacional do ensino presencial.

Perfil – Por nove dias, no início de novembro, a brasileira Kroton foi a maior empresa de educação do mundo. Passou, em valor de mercado, a chinesa New Oriental, que atende hoje 2,4 milhões de alunos, quase quatro vezes mais que a rede de ensino brasileira. Agora, ela já está de volta ao segundo lugar, com uma diferença de meio bilhão de dólares da primeira colocada global.

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Até dois anos atrás, era uma empresa pouco atrativa para investidores. Tinha 85.000 alunos, lucro de 11 milhões de reais e valia na bolsa um quarto de sua maior concorrente e grande aposta do setor, a Anhanguera Educacional, de Valinhos (SP). �Neste ano, virou a �queridinha� do mercado. Até novembro, a rede de ensino controlada desde 2009 pelo fundo americano Advent, foi a que mais se valorizou na bolsa brasileira – ao lado da carioca Estácio de Sá.

A atenção dos investidores se voltou para a Kroton pela primeira vez em dezembro do ano passado, quando ela anunciou a maior aquisição já feita no setor de educação no mundo. Com a compra da paranaense Unopar, especializada em ensino a distância, a Kroton ganhou mais de 160.000 alunos e mudou de patamar. Seis meses depois, arrematou a catarinense Uniasselvi e se consolidou na liderança do ensino a distância.

Ao mesmo tempo em que dobrou de tamanho, a Kroton começou uma campanha interna para aumentar o número de alunos bolsistas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal. Há sete meses, a empresa fez uma parceria com o Banco do Brasil para atender alunos interessados no financiamento. Em todas as cidades em que a Kroton está presente, há uma agência do banco com atendentes especialistas em Fies. Além disso, cada faculdade tem uma sala exclusiva para o atendimento de potenciais bolsistas, que são angariados em escolas e empresas por uma equipe de 150 vendedores espalhados pelo país.

Hoje, 43% da carteira de alunos da Kroton é financiada pelo Fies. Há um ano, era metade disso. �O financiamento tem sido estratégico para essas empresas porque reduz dois riscos do setor: a inadimplência e a evasão por problemas financeiros�, diz Luiz Azevedo, analista de educação do Bradesco.

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