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Inep admite que pode anular provas amarelas

Exames foram entregues aos alunos no sábado com erros de impressão

Por Luciana Marques
7 nov 2010, 19h40

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), José Joaquim Neto, admitiu neste domingo que as provas amarelas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) podem ser anuladas.

“É objeto de análise. No limite, pode acontecer. Preciso analisar os fatos de forma serena e tranquila para haver decisão”, afirmou Neto. Alguns cadernos da prova de sábado apresentaram erros, como páginas invertidas e questões duplicadas. O Inep descarta, contudo, cancelar todas as provas do Enem.

O presidentre garantiu que os estudantes que não tiveram as provas com erros trocadas, não serão prejudicados. Mas disse que o órgão está fazendo um levantamento para dimensionar o problema e ainda não apresentou uma solução oficial. Neto disse que o governo não trabalha com um prazo específico, mas que pretende concluir a apuração “o mais rápido possível”. A responsabilidade final pela correção das provas era do MEC, como prova o edital de contratação da gráfica que imprimiu o exame.

No caso do erro no cartão de repostas – que foi impresso na ordem trocada -, os alunos que se sentirem prejudicados poderão solicitar um requerimento no site do Inep a partir desta quarta-feira, 10, até o dia 16 de novembro, relatando o problema.

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Credibilidade – Para o presidente no Inep, as falhas apresentadas no Enem neste final de semana não vão “minar a credibilidade” da prova. “Todo o processo de seleção pode ter problemas e esses problemas têm que ser atacados”, afirmou.

A todo momento na coletiva de imprensa, Neto tentava negar as falhas apresentadas nas provas. E ainda disse que se sente orgulhoso por ter participado do processo. “Missão cumprida”, resumiu.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, ligou para o presidente do Inep preocupado com os erros na prova. Mas não fez nenhum pronunciamento em público sobre o caso. Haddad viajará nesta segunda-feira para Moçambique com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Sobre a presença de alunos nas salas de prova com telefones celulares, inclusive publicando posts sobre o exame no Twitter, Neto afirmou que o Inep não tem poder de polícia.” Ao termos conhecimento de que tinha evidências de alguém no ambiente de prova utilizando aparelhos de comunicação,encaminhamos a quem tem competência de comunicar, que é a Polícia Federal”, afirmou. Entre os casos informados à PF, está a do repórter do Jornal do Comércio que usou o celular no banheiro para avisar o tema da redação a sua chefia. Ele estava fazendo a prova e conseguiu entrar na sala com o telefone. Durante a tarde, o MEC chegou a ameaçar com processo o jornalista e os estudantes que tuítaram.

O senador Cristovam Buarque (PDT), ex-ministro da Educação, criticou no Twiitter o texto publicado pelo MEC no microblog. Disse que a nota é absurda e que o ministro da Educação, Fernando Haddad, precisa “retirá-la do ar e identificar responsáveis”. Cristovam concluiu dizendo que “processar quem reclama de governo não é coisa de democracia, ainda menos de educação”.

O presidente do Inep negou que tenha havido falhas na segurança durante a realização da prova. Segundo ele, quem está errado é a pessoa que burla a regra e leva o celular para a sala de provas “de forma planejada e intencional”. Neto disse ainda que “fiscal da sala não tem a competência de verificar” quem está com celular dentro do banheiro.

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Abstenção – No domingo, 29,10% dos estudantes faltaram às provas do Enem. Roraima foi a unidade federativa com maior porcentagem de ausentes (35,66%), seguida da Bahia (35,25%) e do Distrito Federal (34,46%). No sábado, 26,66% dos alunos não realizaram o exame no país. Do total de 4,6 milhões de provas, 600 foram aplicadas em braile e 37.576 foram ampliadas para atender a estudantes com deficiências visuais.

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