Governo lança balanço do Ciência sem Fronteiras
MEC cria também portal com vagas de estágio e emprego para ex-bolsistas
O governo federal lançou, nesta quarta-feira, uma plataforma virtual que permite o acompanhamento do programa Ciência sem Fronteiras (CsF), que oferece bolsas de estudo no exterior a estudantes brasileiros no nível superior. Um painel, hospedado dentro do site do programa (https://www.cienciasemfronteiras.gov.br/), consolida as principais informações sobre as bolsas já concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – agências de fomento do CsF.
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Pela ferramenta, é possível verificar, por exemplo, que do total de 19.601 bolsas de estudo ofertadas até março de 2013, 14.256 foram destinadas à modalidade “graduação sanduíche”, em que parte do curso superior é realizado parte no Brasil e parte no exterior. Para se candidatar ao benefício, o estudante deve ter cumprido entre 20% e 90% do currículo do curso e se comprometer, após a conclusão da graduação, a permanecer no Brasil por um período equivalente ao dobro da duração de seu estudo no exterior.
As áreas de engenharia e ciências da saúde são as mais populares do programa e foram responsáveis pela oferta de 7.573 e 3.659 bolsas, respectivamente. No ranking que mostra os estados de origem dos bolsistas, São Paulo e Minas Gerais aparecem nas primeiras colocações. A Universidade de São Paulo (USP) é, por sua vez, a instituição que mais teve alunos participantes do programa, com 1.714 – mais do que o dobro da segunda colocada, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Também nesta quarta-feira entrou no ar outro endereço eletrônico (www.ee.cienciasemfronteiras.gov.br) ligado ao Ciência sem Fronteiras, mas voltado exclusivamente aos beneficiados e ex-bolsistas do programa. A página lista vagas de estágios e empregos para os ex-participante e, segundo o CNPq, pretende promover a aproximação do meio empresarial com a comunidade cientifica e tecnológica.
Em evento de lançamento dos dois sites, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou uma parceria com a França para envio de estudantes brasileiros a cursos de doutorado no país, pelo período de até 36 meses. Para se inscrever, os candidatos devem ter obtido o diploma de mestrado três anos antes da data de apresentação da proposta de pesquisa.
Lançado em 2011, o CsF prioriza as áreas de ciências, tecnologia e exatas e tem como meta oferecer 101.000 bolsas de estudo até 2015.
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