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Governo, agora, promete Ideb para sexta-feira

Com os dados em mãos há quinze dias, governo federal, sob pressão, promete divulgar os dados. MEC, Inep e Casa Civil negam a retenção da divulgação

Por Da Redação
4 set 2014, 10h47

O governo federal promete apresentar nesta sexta-feira os resultados do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb), um dos principais indicadores da qualidade do ensino no Brasil. Após um atraso de quase vinte dias em relação à última divulgação, em agosto de 2012, surgiram suspeitas de que os dados estariam sendo guardados para depois das eleições, em outubro.

Reportagem do jornal O Globo informou nesta quarta-feira que a Casa Civil tem dados em mãos há quinze dias. Os números já teriam, inclusive, passado pelo crivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação. Por meio de notas, MEC, Inep e Casa Civil negaram que a divulgação dos dados tenha sido retardada.

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37% das cidades não atingem metas do Ideb 2011

Divulgado a cada dois anos, o Ideb é calculado com base no desempenho dos estudantes em testes de português e matemática. Se os números deste ano mantiverem o patamar dos de 2011, é possível entender por que o governo optou por segurar a divulgação dos dados: naquela avaliação, as notas de mais de 37% das cidades brasileiras nos anos finais do Ensino Fundamental ficaram abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Educação para 2011. Não seria tão mau se não fosse, a tal meta por si só, pífia: em média, o MEC esperava que as redes públicas, ao final da 8ª série, fossem capazes de atingir nota 3,7. Mesmo assim, muitas não conseguiram.

Em oito estados – Amapá, Alagoas, Maranhã, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins – menos de 50% dos municípios atingiram essa nota. No Rio de Janeiro, único estado da região Sudeste nesse grupo, apenas 41,3% das cidades atingiram a meta. Em Roraima, um recorde macabro: nenhum dos 17 municípios foi capaz de chegar aos 3,7. A nota do estado como um todo, 3,6, foi inferior à nota que havia sido registrada pelo Ideb em 2009 – quadro que se repetiu no Amapá, em Alagoas e no Mato Grosso do Sul. Mesmo na região Sul do país, apenas 60% das cidades atingiram a meta.

Do total de municípios do país, 73,5% tiveram notas até 4,4 – que são ruins. Na ponta oposta, a da excelência, apenas 1,5% das cidades conseguiram notas superiores a 5,5. Destas, 53 ficam no Sudeste, 20 no Sul e, apenas uma no Nordeste, o heroico município de Vila Nova do Piauí, no estado homônimo do Piauí. Alagoas conseguiu outro recorde negativo: todas as cidades do estado ficaram com notas abaixo de 3,4. Em 2012 o MEC afirmou que iria substituir a Prova Brasil pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no cálculo do Ideb para alunos do ensino médio.

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A íntegra da nota do MEC:

“O Ministério da Educação esclarece que os resultados da Prova Brasil já foram encaminhados às escolas e aos secretários estaduais e municipais de Educação para validação. Os recursos apresentados, mais de 300, foram analisados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Após a comunicação aos interessados, os valores do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) para escolas e sistemas de ensino foram calculados e estão sendo finalizados para divulgação. Portanto, é desprovida de qualquer fundamento a ilação de que os resultados do Ideb estariam retidos na Casa Civil, pois esta não os recebeu. Divulgar os resultados é responsabilidade do Inep e do Ministério da Educação.”

(Com Estadão Conteúdo)

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