Finlândia terá reforma educacional, mas sem abolir disciplinas tradicionais
Ministério da Educação finlandês publicou nota esclarecendo mal-entendido
O Ministério da Educação da Finlândia publicou uma nota esclarecendo que o país passará por uma reforma na educação, mas não irá abolir o ensino de disciplinas nas escolas. A informação de que o país iria acabaria com as disciplinas ganhou repercussão mundial depois que o jornal britânico The Independent divulgou uma notícia afirmando que as escolas finlandesas substituiriam matérias como matemática e inglês por aulas interdisciplinares na grade curricular até 2020.
A própria gerente educacional de Helsinque, Marjo Kyllonen, compartilhou a notícia divulgada pelo jornal britânico em sua conta no Twitter. Nesta quarta-feira, porém, o Ministério da Educação do país divulgou para esclarecer o mal-entendido.
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Segundo artigo divulgado pelo governo finlandês, um novo currículo para o ensino básico vai ser implementado em 2016, mas as disciplinas continuarão existindo. Leia um trecho do comunicado:
“O novo currículo para o ensino básico, que será implementado nas escolas em agosto de 2016, contém algumas alterações que podem ter causado o mal-entendido. Com o objetivo de enfrentar os desafios do futuro, o foco está nas competências transversais (genéricas) e no trabalho entre disciplinas escolares. Serão enfatizadas práticas colaborativas em sala de aula, em que os alunos podem trabalhar com vários professores, simultaneamente, durante os períodos de estudos de fenômenos.
Os alunos devem participar todos os anos de pelo menos um desses módulos de aprendizagem multidisciplinar. Estes módulos são concebidos e implementados localmente. O currículo também afirma que os alunos devem ser envolvidos no planejamento.”
Em suma, as disciplinas tradicionais continuarão a integrar o currículo escolar, mas existirá mais multidisciplinariedade nas matérias. Em um artigo também divulgado nesta quarta-feira, Irmeli Halinen, chefe de desenvolvimento de currículo do ministério finlandês, explica que serão sete áreas de competências transversais, que serão desenvolvidas em conjunto com as disciplinas escolares tradicionais. A ideia é enfatizar uma aprendizagem mais dinâmica e com uma atmosfera de colaboração que promova a autonomia do estudante.
(Da redação)