Em Enem mais longo, candidatos tentam evitar afobação
Estudantes chegam a locais de prova com três horas de antecedência. Exame deste domingo terá uma hora a mais, devido à redação. VEJA publicará gabarito, com questões resolvidas pelo Anglo Vestibulares, no fim da tarde
Por Lecticia Maggi, de São Paulo, e Luís Bulcão, do Rio de Janeiro
4 nov 2012, 11h24
Com receio de imprevistos no percurso até o local de prova, alguns estudantes que realizam neste domingo o segundo e último dia de provas do Enem 2012 resolveram se antecipar bastante. Em São Paulo, candidatos chegaram ao prédio da Uninove, no bairro da Barra Funda, com mais de três horas de antecedência. É o caso de Camila Tavares, de 16 anos, que antes mesmo das 10h já estava sentada diante do portão da unidade acompanhada da mãe, Nalva.
“No sábado, também fui a primeira a chegar. Vejo na TV o drama das pessoas que não conseguem chegar a tempo e isso me deixa nervosa. Venho cedo para não correr riscos”, diz Camila, que cursa o segundo ano do ensino médio e faz o Enem como “treineira”.
O estudantes Danilo Araujo Azevedo, de 18 anos, também decidiu se precaver contra imprevistos. No primeiro dia de provas, saiu de Pirituba, onde mora, às 10h50, prevendo chegar antes do meio-dia à Barra Funda. “O problema é que o trânsito fica carregado em dias de Enem e acabei chegando aqui mais de meia hora depois do previsto. No caminho, entrei em pânico ao pensar que poderia perder a prova.” Para não correr mais riscos, saiu de casa uma hora mais cedo, por volta das 9h50. Pouco depois das 10h30, já aguardava com Camila a abertura dos portões. “Prefiro chegar cedo do que contar com a sorte”, diz.
Com uma apostila em mãos, Danilo utiliza o tempo extra estudando para a prova de redação, considerada a mais difícil pelos estudantes. “No calor do momento, muita gente se confunde com a estrutura da dissertação. Não quero correr esse risco.”
No Rio de Janeiro, Bárbara Nascimento dos Santos, de 36 anos, e Aline Melquíades da Silva, de 20, também preferiram chegar cedo para o segundo dia de provas. As duas assistiram pela TV à angústia de uma candidata que perdeu a prova no sábado por chegar atrasada. Por isso, se anteciparam na chegada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), onde farão o exame. Para elas, a palavra do segundo dia é ansiedade.
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“Eu não vou almoçar. Não consigo comer. Nem ir ao banheiro durante a prova”, diz Bárbara, que espera conseguir pontos suficientes para uma vaga na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no curso de administração. Aline concorda. Segundo ela, não haverá tempo para distrações, já que neste domingo a prova será mais longa. “Hoje tem uma hora a mais para fazer a prova. Mas tem a redação, que exige muita revisão. Além disso, tem os textos em inglês. É preciso administrar o tempo”, afirma a candidata, que terminou a prova de sábado com reserva de 45 minutos.
Uma vaga na UFRJ parece mesmo ser o objetivo de grande parte dos candidatos. Em 2013, a universidade abrirá 9.231 vagas, sendo que 30% serão reservadas à lei de cotas. Todas serão definidas pelo resultado do Enem. “Quando eu comecei a fazer o Enem, era só uma avaliação do ensino médio. Agora a maioria das universidades faz a seleção pelo exame”, afirma Bárbara.
Provas – Depois de enfretarem 90 questões de ciências humanas e da natureza no sábado, os 5,7 milhões de estudantes realizam nesta tarde, a partir das 13h, as provas de linguagens (língua portuguesa e estrangeira), matemática e redação. O tempo máximo para a resolução das questões é de cinco horas e meia e o mínimo, de duas horas. No fim da tarde, o site de VEJA publicará o gabarito das provas deste domingo. As questões serão corrigidas pelos professores do Anglo Vestibulares. Em vídeo, os professores do cursinho farão comentários sobre o conteúdo do exame.
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