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Crianças não trocam livros impressos pelos digitais, mostra estudo

Por The New York Times
29 set 2010, 12h21

Crianças entre 9 e 11 anos são mais propensas a se tornarem leitores habituais se os pais oferecem livros interessantes em casa e definirem limites de tempo para a tecnologia

A maioria das crianças americanas não abriria mão dos livros tradicionais para ler seus conteúdos apenas em dispositivos digitais. É o que mostra um estudo da editora Scholastic, que publica os livros da série Harry Potter nos Estados Unidos.

O estudo mostra que muitas crianças querem, sim, ter acesso aos chamados e-books, mas, mesmo com o dispositivo, dois terços delas não pretendem abrir mão de seus livros tradicionais impressos. A pesquisa explorou as atitudes e comportamentos de pais e filhos sobre leitura não obrigatória na era digital. A Scholastic ouviu mais de 2.000 crianças entre 6 e 17 anos e seus pais.

Pais e educadores têm muito medo que diversões digitais, como vídeos e telefones celulares, tirem o tempo que as crianças dedicam à leitura. No entanto, veem potencial para usar a tecnologia a seu favor, introduzindo livros para crianças por meio de e-books, computadores e dispositivos digitais.

Cerca de 25% das crianças pesquisadas disseram que já haviam lido um livro em um dispositivo digital, incluindo computadores e e-books. Outros 57%, com idades entre 9 e 17 anos, disseram que estavam interessados em fazer a mesma coisa.

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Apenas 6% dos pais pesquisados têm um e-book, mas 16% disseram que planejam comprar um no próximo ano. Já 83% dos pais disseram que iriam permitir ou incentivar os filhos a usar o e-book. Francis Alexander, o diretor acadêmico da Scholastic, tratou o relatório como “um chamado à ação”.

“Não tinha ideia da rapidez com que as crianças abraçaram essa tecnologia”, disse Alexander, refererindo-se a computadores, e-books e outros dispositivos portáteis que servem para baixar livros. “É evidente que elas os veem como ferramentas para a leitura – não apenas para jogos e mensagens de texto.”

Para Milton Chen, da Fundação Educacional George Lucas, o estudo mostrou que as crianças querem ler em novas plataformas digitais. “É o mesmo dispositivo usado para socialização e envio de mensagens e o contato com seus amigos pode ser usado para outras finalidades”, disse Chen. “Essa é a esperança.”

Mas muitos pais entrevistados também expressaram preocupação com as distrações com videogames, celulares e televisão na vida dos filhos. Eles também se perguntam se o moderno adolescente multi-tarefas tem paciência de ficar absorto em um longo romance.

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“Minha filha não pode parar de trocar mensagens por tempo suficiente para se dedicar a um livro”, disse a mãe de uma garota de 15 anos do Texas. O estudo não tentou medir se os dispositivos digitais realmente roubam tempo de leitura.

A pesquisa também analisou as ações de pais e professores sobre os hábitos de leitura das crianças. Crianças entre 9 e 11 anos são mais propensas a se tornarem leitores habituais se os pais oferecem livros interessantes em casa e definirem limites de tempo para a tecnologia, como videogames, disse o estudo.

A pesquisa também sugere que muitas crianças apresentaram um alarmante nível elevado de confiança em informações disponíveis na internet: 39% das crianças entre 9 e 17 anos disseram que as informações que encontram on-line “são sempre corretas”.

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