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Brasil deve investir na pré-escola, diz Nobel de Economia

Em visita ao país, James Heckman diz que os investimentos feitos nos anos iniciais têm retorno maior. Ministro da Educação reconhece déficit de vagas

Por Da Redação
7 Maio 2012, 16h26

A educação no Brasil evoluiu muito nos últimos 30 anos, mas ainda há muito a ser feito, segundo o economista James Heckman, vencedor do prêmio Nobel de Economia, em 2000. Em visita ao Brasil, Heckman ressaltou que, mais do que investir no ensino regular e superior, é preciso olhar para as crianças em idade pré-escolar.

“Tem muito trabalho a ser feito. E há muitas oportunidades em relação a crianças em idade pré-escolar, porque a base começa antes da pré-escola. As habilidades começam a ser desenvolvidas antes mesmo de a escola começar”, afirmou Heckman, após um seminário na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV), no Rio de Janeiro.

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O economista citou estudos que demonstram que os investimentos na educação de crianças de 0 a 3 anos têm uma taxa de retorno muito maior do que os investimentos feitos na educação tanto durante a escola quanto na faculdade. “Deve-se gastar muito mais dinheiro nos anos iniciais das crianças. O Brasil está fazendo isso quando pensa em estratégias de intermediação, observando os ambientes e necessidades dessas crianças”, avaliou Heckman.

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, presente ao evento, reconheceu que o cenário está muito distante do ideal no país, especialmente em relação às crianças em situação de extrema pobreza. Em 2009, apenas 23,6% das crianças em idade pré-escolar estavam matriculadas em creches. Mas essa fatia diminui muito quando consideradas apenas as crianças em estado de extrema pobreza: somente 3,6% delas estão matriculadas em creches.

“Precisamos enfrentar essa questão”, disse Mercadante. “Precisamos de políticas específicas para crianças abaixo da linha da pobreza. Na segunda-feira, elas voltam com fome e comem muito mais do que no resto da semana. E mesmo a gente fornecendo fraldas, elas voltam assadas. Sabemos o nome delas, onde vivem, quais são as famílias em cada bairro. Estamos buscando políticas para dar uma resposta, em que as Prefeituras se responsabilizem e deem conta dessa demanda”.

Um dos entraves apontados por Mercadante é a dificuldade de construir novos estabelecimentos. Segundo o ministro, as obras contratadas estão demorando até dois anos para serem entregues, devido ao aquecimento do setor da construção civil.

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