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Após denúncia, dona da Zara revisará condições de trabalho de fornecedores no Brasil

Em colaboração com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Inditex, que é proprietária da marca, revisará todo o seu sistema de produção no país

Por Da Redação
18 ago 2011, 11h34

Inditex afirmou que fornecedora flagrada por manter costureiras em regime de escravidão feriu o “Código de Conduta para Fabricantes e Oficinas Externas”

A multinacional espanhola Inditex, proprietária da marca Zara, anunciou nesta quinta-feira que vai revisar o sistema de produção de seus fornecedores no país para garantir que não haja exploração dos funcionários. O trabalho será realizado em colaboração com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ao todo, as autoridades brasileiras emitiram 52 autos de infração contra duas subcontratadas que produzem roupas para a AHA, que é uma fornecedora da Inditex no Brasil. Nestas oficinas,

as costureiras trabalhavam em condições de escravidão.

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A Inditex afirma que, por força de contrato, seus fornecedores não podem aderir a esse tipo de prática. “Esse caso representa uma grave infração ao Código de Conduta para Fabricantes e Oficinas Externas da Inditex, que esse fabricante havia assumido contratualmente”, afirmou. Segundo a multinacional, tal código estipula a máxima proteção aos direitos dos trabalhadores.

Reversão imediata – A companhia espanhola exigiu da empresa responsável pela subcontratação irregular que reverta à situação imediatamente. De acordo com a Inditex, este fornecedor já assumiu as compensações econômicas aos trabalhadores.

O grupo acrescenta que vai corrigir as condições trabalhistas de sua terceirizada “para situá-las ao nível no qual estão as instalações auditadas e aprovadas pelas inspeções correspondentes da Inditex”.

A Inditex conta no Brasil com cerca de 50 fornecedores regulares, que somam mais de 7 mil empregos. Ela assegura que seu sistema de auditoria social permite assegurar que as condições de trabalho na cadeia de produção têm “um nível geral ótimo”.

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Agradecimento – O grupo espanhol agradeceu a atuação do MTE e sua disponibilidade em colaborar na promoção de melhores condições para a indústria têxtil do país.

Os expedientes foram emitidos após as inspeções realizadas em duas oficinas que fabricam roupas para a empresa AHA, que fornece 90% de sua produção à empresa espanhola. Autoridades brasileiras identificaram nesses ateliês, que também serviam de moradia, ao menos 15 costureiras, entre elas uma adolescente, que trabalham em condições precárias, com jornadas superiores a 12 horas e recebiam salários entre 246 reais e 458 reais.

O grupo – A Inditex – proprietária da Zara e de outras marcas, como a Massimo Dutti e a Pull & Bear – tem presença em 78 mercados de cinco continentes, com mais de 5,2 mil lojas.

No ano passado, foram abertas as primeiras lojas do grupo na Bulgária, Índia e Cazaquistão. Neste ano, a Inditex entrou na Austrália. A previsão é que, antes do final do ano, a multinacional estabelecida na região espanhola da Galícia (norte) entre na África do Sul, Taiwan e Peru.

Em 21 de junho, Inditex transformou-se no primeiro grupo têxtil do mundo depois da capitalização na bolsa, ao alcançar os 38,5 bilhões de dólares, superando o grupo sueco H&M.

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(com EFE)

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