Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Para Yellen, economia norte-americana ainda precisa de estímulos

Segundo a presidente do Fed, o banco central dos Estados Unidos, possibilidade de tensões geopolíticas pode apresentar riscos ao país

Por Da Redação
7 Maio 2014, 18h41

A economia dos Estados Unidos ainda precisa de muitos estímulos, afirmou a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen, nesta quarta-feira. Durante um discurso no Comitê Econômico Conjunto do Congresso, Yellen disse esperar que a economia cresça em ritmo maior do que no ano passado. No entanto, ela citou a fraqueza no setor imobiliário e a possibilidade de tensões geopolíticas mais intensas ou a retomada do estresse financeiro em mercados emergentes com potenciais riscos para o país.

Foi a primeira vez desde o início da crise na Ucrânia que Yellen falou sobre a geopolítica como um risco econômico. A Ucrânia parece estar a caminho de uma guerra, após a semana mais tensa desde o levante separatista que começou no leste do país.

O setor imobiliário contribuiu para a expansão econômica vista no ano passado, mas o mesmo não parece acontecer novamente. “Um ponto de advertência é que as leituras do setor de imobiliário (que estava em expansão desde 2011) permanecem decepcionantes este ano”, comentou a presidente.

Mercado de trabalho – Yellen também ressaltou, nesta quarta-feira, a “capacidade ociosa considerável” do mercado de trabalho norte-americano. Segundo ela, apesar das melhoras “apreciáveis”, a alta taxa de desemprego de longo prazo e o lento aumento na renda dos trabalhadores podem dificultar novos ganhos no emprego.

Em abril, a economia norte-americana criou o maior número de vagas em mais de dois anos, enquanto a taxa de desemprego ficou em 6,3%, mínima em cinco anos e meio. A queda na taxa de desemprego, entretanto, refletiu o fato de parte da população do país ter desistido de procurar trabalho.

Continua após a publicidade

Mesmo assim, a presidente do Fed expressou confiança de que pelo menos parte do declínio da participação na força de trabalho pode ser revertida. Ela disse que tem poucas dúvidas de que a parcela de norte-americanos que trabalha meio expediente porque não consegue encontrar vagas de período integral recuará com o fortalecimento da economia. “O desemprego é um bom indicador da força do mercado de trabalho (….) Mas há coisas diferentes acontecendo no mercado de trabalho que precisamos considerar.”

Leia também:

PIB americano desacelera e sobe 0,1% no 1º trimestre

EUA: venda de novas moradias despenca 14,5% em março

Continua após a publicidade

Yellen defende fortemente políticas expansionistas do Fed

Estímulos – Em meio a este cenário, Yellen afirmou que o alto grau de expansão monetária ainda é justificado. Além disso, a presidente do Fed reiterou que a economia norte-americana também precisará de taxas de juros próximas de zero por um período mais prolongado, mesmo após o termino dos estímulos monetários. Na última semana, o Fed reduziu suas compras de ativos para 45 bilhões de dólares mensais, ante 55 bilhões de dólares, o que mantém o programa em vias de acabar até o final do ano.

Mercado – A fala da dirigente do Fed mexeu com o mercado. Dois dos três principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quarta-feira depois de Yellen sinalizar que o apoio à economia vai continuar, mas o indicador Nasdaq recuou pela segunda sessão consecutiva por fraqueza nas ações de tecnologia.

O índice Dow Jones avançou 0,72%, para 16.518 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 teve valorização de 0,56%, para 1.878 pontos. Contudo, o índice Nasdaq caiu 0,32%, para 4.067 pontos.

Continua após a publicidade

(com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.