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‘Você acha que eu quero quebrar a Eletrobras?’, diz Dilma a jornal

Em entrevista ao 'Valor Econômico', presidente falou que a estatal não pode querer uma renda que não é dela, e sim da população

Por Da Redação
20 nov 2012, 14h12

Diante das reclamações de empresários do setor elétrico sobre as condições de renovação das concessões com vencimento entre 2015 e 2017, a presidente Dilma comentou brevemente a situação da Eletrobras – estatal de energia que sofreu maior impacto econômico com as novas regras – em entrevista ao jornal Valor Econômico. “Você acha que eu quero quebrar a Eletrobras? Agora, entre quebrar a Eletrobras e ela querer ganhar uma renda que não é dela, que é das empresas brasileiras e da população…”, disse a presidente em matéria publicada na edição desta terça-feira.

Nesta segunda, as ações da estatal registraram a maior queda do índice Ibovespa: as ações preferenciais (sem direito a voto e com maior liquidez) 15,43% (cotada a 9,81 reais – o mais baixo valor desde 2005), amargurando a maior queda do Ibovespa e a maior da companhia em mais de 15 anos. As ordinárias (com direito a voto) recuaram 13,40% na segunda-feira. Contando os últimos três pregões, a ação preferencial perdeu quase um terço (28,96%) de seu valor de mercado.

Além disso, a empresa estimou que terá receita 8,7 bilhões de reais menor, também contemplando os termos da proposta de renovação antecipada do governo. Apesar das perdas, a Eletrobras, que é controlada pelo governo federal, não pretende questionar nenhum ponto da Medida Provisória que estabeleceu as regras de renovação dos contratos.

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Câmbio – A entrevista foi concedida pela presidente durante visita à Espanha, onde participou da Cúpula Ibero-Americana, em Cádiz, e de um evento promovido pelo ‘Valor Econômico’ e pelo ‘El País’, em Madri. A presidente falou também sobre a questão dos royalties do petróleo e respondeu questionamentos sobre o câmbio. “Nós estamos em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado”, disse.

Dilma não respondeu com clareza sobre uma nova banda, mas deixou nas entrelinhas que o dólar pode ser fixado em um novo patamar, entre 2 e 2,10 reais. Ao ser questionada sobre a administração do câmbio entre 2 e 2,04 reais, a presidente respondeu que, devido à conjuntura internacional, o real se desvalorizou. Contudo, deixou claro que o governo não medirá esforços para manter a moeda americana acima da banda de 2 reais. “Os Estados Unidos, com o ‘quantitative easing’, despejaram em nossa cabeça 9 trilhões de dólares. Não podemos deixar isso afetar nossa moeda”, disse a presidente, ao se referir à política monetária adotada pelo Federal Reserve para combater a crise americana. Na última sexta-feira, o dólar atingiu seu maior patamar nos últimos três anos e meio, chegando a 2,08 reais.

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