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Venezuela aumentará preço da gasolina para engordar receitas

País vizinho tem sido afetado pela forte queda dos preços internacionais do petróleo, principal fonte de recursos do país

Por Da Redação
22 jan 2015, 10h31

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que este ano aumentará o preço da gasolina e reorganizará o sistema de taxas de câmbio, em uma tentativa de fortalecer as receitas cada vez menores do país em meio à forte queda do preço do petróleo. Em pronunciamento anual à Assembleia Legislativa na noite de quarta-feira, Maduro afirmou que “chegou o momento” de aumentar o preço da gasolina – a mais barata do mundo -, cujo custeio consome cerca de 12,5 bilhões de dólares por ano em subsídios.

A Venezuela passa por um período de recessão econômica e de forte pressão inflacionária em meio à queda de mais de 50% nos últimos quatro meses dos preços internacionais do petróleo – a maior fonte de divisas do país. “É claro que a receita faz falta. O que eu estou dizendo é que não há desespero”, disse Maduro. “Será feito este ano, sem pressa, mas será feito.”

O presidente já havia rejeitado várias vezes a ideia de aumentar a gasolina por ser uma questão sensível para os venezuelanos, que ainda temem o chamado “Caracazo” -protestos violentos do início de 1989 desencadeados pelo anúncio de um pacote de reformas econômicas. Na Venezuela, é possível encher um tanque de 60 litros de um veículo sedan por menos de um dólar. Em países como Uruguai, o mesmo pode custar até 114 dólares.

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Câmbio – A crise provocada pela queda dos preços do petróleo afetou os cofres públicos, deixando menos dólares disponíveis para gastar em importações e, consequentemente, esvaziando as prateleiras de mercearias e de supermercados. Todos os dias milhares de venezuelanos enfrentam longas filas para encontrar itens básicos, o que abalou a popularidade de Maduro desde que tomou posse em 2013.

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Embora o presidente diga que a Venezuela honrará seus compromissos, o temor de que o país possa entrar em default aumentou nos mercados. Economistas sugerem que o governo adote medidas impopulares, porém necessárias para melhorar o fluxo de caixa como a unificação das três taxas de câmbio do país.

Na quarta-feira, Maduro disse que, a taxa mais alta, de 6,3 bolívares por dólar para as importações de alimentos e de medicamentos, será mantida e as taxas atuais de 12 e 52 bolívares por dólar são unificadas. Ele não detalhou quando ou como o novo sistema será colocado em prática.

(Com agência Reuters)

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