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Venda de computadores no mundo tem maior queda da história em 2015

Em comparação com 2014, recuo foi de 10,4%, segundo a consultoria IDC; competição com produtos mais populares, como de smartphones e tablet, pesou no resultado

Por Da Redação
14 jan 2016, 09h57

A venda global de computadores registrou a maior queda de sua história em 2015. Segundo dados divulgados pela consultoria IDC, os fabricantes venderam 10,4% menos notebooks e computadores de mesa ao longo do ano passado em comparação com 2014. Trata-se da maior queda desde que a consultoria começou a monitorar o mercado, em 2008.

Segundo a IDC, essa foi a primeira vez que a venda global de PCs ficou abaixo dos 300 milhões em um único ano: foram 277,5 milhões de unidades comercializadas em 2015. Até então, o pior resultado do setor foi uma queda de 9,8%, em 2013.

Entre os motivos que derrubaram o mercado no último ano estão o aumento do ciclo de vida do produto, o enfraquecimento de moedas em mercados emergentes, como o Brasil, e a competição com categorias mais populares, como de smartphones e tablets.

A estratégia de lançamento da nova versão do Windows também influenciou o resultado. A Microsoft liberou uma atualização gratuita para o Windows 10, em julho de 2015, em vez de oferecer a nova versão por meio da venda de novas licenças ou de novos computadores. Isso fez muitos consumidores adiarem a troca das máquinas. O resultado mais expressivo de vendas em 2014 – motivado pelo encerramento do suporte ao Windows XP – também ajudou a evidenciar o resultado ruim do ano passado.

Apesar do declínio nas vendas, a consultoria acredita que a indústria de computadores vai mostrar sinais de recuperação em 2016. Para o vice-presidente da IDC, Loren Loverde, a substituição das máquinas voltará a ocorrer com maior força até o final de 2016. “A maioria dos usuários prorrogou a atualização dos computadores. Creio que a maioria desses usuários vai comprar outro PC, motivada por produtos e preços atraentes”, disse.

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Entre os fabricantes, há a crença de que a nova versão do Windows pode impulsionar a troca de máquinas em 2016. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, o presidente da Lenovo no Brasil, Silvio Stagni, afirmou que o uso mais frequente de smartphones pelos consumidores reduziu a necessidade de troca frequente do PC. “Quanto mais se usa um produto, mais a obsolescência incomoda. O consumidor fica com o celular o tempo todo na mão, mas o computador não incomoda tanto, porque só agora só é usado em casa.”

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A Lenovo encerrou 2015 na liderança no mercado global de computadores, com 57,1 milhões de PCs vendidos. Com 20,7% do mercado, ela é seguida pela HP (19,4%) e Dell (14,1%). A Apple ficou na quarta posição, com 7,5%. A fabricante do Mac manteve-se imune às adversidades do mercado, com alta de 6,2% nas vendas.

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Nos Estados Unidos, a Apple assumiu a terceira posição entre as maiores fabricantes, á frente da Lenovo. “A ascensão da Apple mostra que existe demanda por sistemas inovadores e com preços elevados”, disse o gerente de pesquisa da IDC, Jay Chou.

Brasil – O desempenho do mercado de PCs no Brasil só será conhecido em março, quando a IDC divulgar as vendas na região em 2015. A projeção da consultoria, no entanto, é que o mercado de PCs tenha fechado 2015 com queda de 37% nas vendas no país. No terceiro trimestre do ano passado, o segmento registrou o menor volume de vendas em dez anos, com queda de 37% com relação ao mesmo período de 2014.

(Com Estadão Conteúdo)

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