União Europeia amplia sanções à Crimeia e irrita Rússia
Bloco europeu adotou medidas restritivas como a interdição dos portos locais a navios europeus. Rússia diz que sanções são 'absolutamente inaceitáveis'
A União Europeia (UE) endureceu nesta quinta-feira as normas de comércio, investimento e negócios com empresas da Crimeia, adotando uma série de medidas que vão desde a interdição dos portos locais a navios europeus até a proibição da venda de energia e tecnologia de comunicação à região. As novas regras começam a valer no sábado, elevando a pressão sobre a Rússia, que anexou a península em março. O Ministério de Relações Exteriores russo disse que as sanções são “absolutamente inaceitáveis”.
As amplas sanções econômicas impostas pela UE nos últimos meses têm contribuído para a escalada da crise cambial e financeira da Rússia. Não está claro, porém, o tamanho do impacto das novas barreiras aplicadas à Crimeia, antes governada pela Ucrânia. Entre os setores atingidos está a exportação de produtos e tecnologias utilizadas na exploração e produção de petróleo, gás e minério, além de assistência técnica e serviços de corretagem, construção e engenharia para os mesmos segmentos.
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Agências de viagens europeias não terão mais permissão para oferecer serviços turísticos, e navios europeus estarão proibidos de atracar em Sebastopol ou qualquer outro porto da península da Crimeia a partir de 20 de março, exceto em situações de emergência. O investimento de empresas da região e a compra de imóveis e outras entidades também serão proibidos.
Antes da decisão, o presidente francês, François Hollande, sinalizou que admite abrandar as sanções impostas pela UE caso a Rússia decida contribuir para a solução da crise com a Ucrânia.
(Com Estadão Conteúdo e AFP)