União bancária seria risco para República Checa
Mojmir Hampi, vice-presidente do BC checo disse que
O vice-presidente do banco central da República Checa, Mojmir Hampi, disse que as propostas da União Europeia (UE) para uma união bancária levariam a uma união fiscal pan-europeia, à perda do controle nacional sobre os bancos, a um fluxo de saída de capitais potencialmente ilimitado e a um risco para o orçamento fiscal e um passivo para contribuintes.
“Não posso imaginar que qualquer pessoa instruída possa afirmar que a República Checa deveria fazer parte desse projeto”, disse Mojmir Hampi em entrevista ao jornal diário Lidove Noviny, publicada nesta segunda-feira. Ele explica que se a República Checa precisar garantir depósitos em toda a Europa, “não apenas o próprio fundo de garantia de depósitos da República Checa estaria em risco, mas o país poderia ter de tomar emprestado para contribuir para o fundo pan-europeu, o que criaria novos passivos para o orçamento do Estado e criaria a necessidade de novos impostos”, afirmou.
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De acordo com a proposta atual da Comissão Europeia, o país poderia ter de aceitar um fluxo de saída sem limites de recursos do setor financeiro doméstico para apoiar os bancos falidos em outros lugares. A estabilidade do setor bancário checo pararia de ser monitorada, apenas a estabilidade do setor na Europa como um todo importaria, o que coloca o país em grande risco, alertou o vice-presidente do BC da República Checa.
(Com Agência Estado)