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UE retoma Cúpula sobre Orçamento

Líderes do bloco voltaram a se reunir nesta sexta-feira após início da discussão na noite quinta, durante a qual ficou claro o impasse sobre o plano orçamentário

Por Da Redação
23 nov 2012, 10h45

Os chefes de estado e de governo da União Europeia (UE) retomaram nesta sexta-feira, em Bruxelas, a Cúpula para discutir o orçamento plurianual comunitário. A reunião foi iniciada na noite desta quinta-feira em meio a profundas divisões entre os sócios do bloco europeu.

“Temos que trabalhar para fechar um acordo que leve em conta os interesses europeus, além dos interesses nacionais. Acredito que esteja ao nosso alcance”, disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ao iniciar a reunião. “A proposta que coloco sobre a mesa é de um Orçamento moderado. Os tempos exigem moderação”, declarou Van Rompuy.

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A abertura oficial da Cúpula atrasou três horas devido a numerosas reuniões bilaterais entre os líderes, que negociavam intensamente para obter um orçamento de consenso para o período 2014-2020. Após o início dos trabalhos, o luxemburguês Yves Mersch foi eleito para a direção do Banco Central Europeu (BCE), como anunciou formalmente Van Rompuy.

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A Cúpula foi suspensa cerca de uma hora após o início dos trabalhos e as conversações foram retomadas ao meio-dia (horário local) desta sexta-feira. Na noite de quinta-feira, o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, apresentou uma nova proposta de orçamento para 2014-2020. O plano, com um total de 972 bilhões de dólares, equivale a 1% do PIB da UE.

O novo plano de Van Rompuy substitui um outro orçamento feito na semana passada com cortes de quase 80 bilhões em um orçamento de mais de um trilhão de euros elaborado pela Comissão Europeia, provocados principalmente pela redução dos fundos de ajuda às regiões (quase 30 bilhões de euros) e na Política Agrícola Comum (PAC) de cerca de 25,5 bilhões de euros.

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Divisões – Os dirigentes estão divididos entre duas posições opostas: a dos contribuintes, que pedem para gastar menos, e a dos países que resistem a perder a ajuda europeia em tempos de crise. A postura mais exigente é a do premier britânico, David Cameron, que chegou com um mandato de seu parlamento para exigir cortes no orçamento. “No momento em que estamos tomando decisões difíceis em casa sobre gasto público é um grande erro fazer propostas para se aumentar os gastos na UE”.

Inglaterra – Cameron ameaça há semanas vetar a proposta caso não se chegue ao menos a um congelamento em termos reais – ou seja, um aumento limitado únicamente à inflação – com relação ao orçamento 2007-2013. O primeiro-ministro afirmou nesta sexta-feira que não existem progressos suficientes na negociação do orçamento plurianual da União Europeia, ao chegar ao Conselho Europeu para o segundo dia da reunião de cúpula. “Acredito que não aconteceram progressos suficientes até o momento”, disse o premier britânico, que viajou a Bruxelas pressionado por seu Parlamento para exigir mais cortes.

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“Há realmente um problema porque não tivemos progressos nas propostas para fazer cortes adicionais”, insistiu Cameron, que na quinta-feira deixou local da reunião sem fazer declarações.”Não é o momento de fazer pequenos ajustes. Não é o momento de movimentar o dinheiro de uma parte do orçamento para outra. Precisamos de um corte de um gasto que não podemos nos permitir. Isto é o que está acontecendo em nossos países e é o que deve acontecer aqui”, completou.

França – O presidente francês, François Hollande, avaliou que o mais provável é que não haja acordo sobre o Orçamento 2014-2020. “Isto é o que todo mundo tem em mente”. Hollande destacou que ainda não está satisfeito com a proposta de orçamento apresentada em Bruxelas, ao final de uma hora da reunião que foi retomada nesta sexta-feira. O líder francês admitiu que suas exigências para minimizar os cortes na Política Agrícola Comum, da qual a França é a principal beneficiária, foram “parcialmente ouvidas”.

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Alemanha – A chanceler alemã, Angela Merkel, afastou um pouco mais a perspectiva de um acordo sobre o orçamento ao considerar que não se chegará a uma decisão unânime nesta sexta-feira, embora tenha minimizado a importância da falta de um acordo. “Acredito que nesta rodada (de discussão) não chegaremos aonde temos que chegar, que é a uma decisão unânime”, disse Merkel ao chegar à sede do Conselho Europeu em Bruxelas para participar do segundo dia de cúpula.

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A chanceler alemã afirmou que as posições entre os membros da UE ainda estão muito afastadas. “Sempre disse que não é dramático se dermos hoje apenas o primeiro passo”, acrescentou, no entanto, a chanceler, que desde o início da semana anunciou a possibilidade de abordar o tema em uma nova cúpula no início de 2013. “Se precisarmos de uma segunda rodada, então levaremos o tempo necessário com ela”, acrescentou.

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(com Agence France-Presse)

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