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UE prevê aumentar pressão sobre Espanha e França

A ideia é aumentar o prazo para que ambos os países cumpram as metas estipuladas - em troca, os países deverão gerar empregos e reativar o crescimento econômico

Por Da Redação
28 Maio 2013, 21h32

A Comissão Europeia (CE) planeja estender o prazo dado à Espanha e à França para cumprirem suas metas com relação ao déficit, em troca de que ambos os países executem as reformas exigidas por Bruxelas sob o intuito de “gerar emprego e reativar o crescimento”. Segundo uma fonte europeia, que pediu anonimato, “a análise global da Comissão Europeia refletirá o problema da competitividade de alguns países”.

Com o objetivo de evitar novos cortes, o governo do espanhol Mariano Rajoy negociou com Bruxelas o estabelecimento de um novo prazo até 2016. O espanhol visa ainda reduzir seu déficit público abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), após 6,3% previstos para este ano. Como resultado, a economia do país – a quarta da zona do euro – deverá “aprofundar, acelerar e cumprir o programa de reformas que apresentou”, disse a fonte. Ela completou que a CE não pretende incluir a Espanha em uma rodada de sanções por desequilíbrio excessivo.

“A Espanha está fazendo grandes esforços, estamos satisfeitos com o plano de reformas (apresentado pelo governo de Rajoy), mas ainda há um caminho a percorrer, sobretudo, para gerar empregos” em um país que tem mais de 27% da população ativa desempregada e uma queda do PIB prevista de 1,3% para 2013, acrescentou.

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Bruxelas espera que a Espanha dê espaço para a reforma trabalhista e pense em programas para a criação de emprego entre os mais jovens, parcela mais atingida pelo problema, apresentando uma taxa de desemprego de 57,22% entre os espanhóis de 16 a 24 anos. A presente situação leva muitos jovens, mesmo aqueles com diploma universitário, a migrarem em busca de oportunidades de trabalho.

A França, segunda economia da união monetária, também deve acelerar as reformas para reativar o crescimento, depois que o país entrou em recessão no primeiro trimestre deste ano. Bruxelas prevê exigir do governo de François Hollande “mais medidas de estímulo fiscal para alcançar uma economia verde”.

A Comissão quer, sobretudo, que Paris faça mais para reformar seu mercado de trabalho e seu sistema de aposentadorias. O caso da França é emblemático. Uma queda da segunda economia da zona do euro arrastará ao abismo todos os 17 países do bloco.

A Itália também espera com ansiedade estas recomendações. A CE já prometeu à nação que suspenderá o processo aberto por seu déficit excessivo, se o país o mantiver abaixo de 3% do PIB e o novo governo pôr em práticas as reformas estruturais. Segundo as previsões econômicas da CE, a Itália registrará um déficit público de 2,9% neste ano e 2,5% em 2014.

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O novo chefe do governo italiano, Enrico Letta, anunciou uma série de medidas para reativar a economia italiana, que registra um endividamento gigantesco (131,4% em 2013 e 132,2% em 2014, segundo as previsões mais recentes).

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(com AFP)

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