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UE dará mais 2 anos para Espanha reduzir déficit

Banco da Espanha divulgou nesta terça-feira dados preliminares que mostram contração de 0,5% da economia do país no 1º trimestre, ainda assim menor do que o visto no fim de 2012

Por Da Redação
23 abr 2013, 10h26

A União Europeia (UE) está disposta a dar à Espanha mais dois anos, ou seja, até 2016, para que o governo reduza o déficit para 3% de seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo informações do jornal espanhol El País. O foco de Bruxelas, de acordo com a publicação, não está mais concentrado na austeridade e, por isso, dará também a Portugal e à França mais tempo para cumprir as metas de déficit.

Segundo estimativa publicada pelo Banco da Espanha nesta terça-feira, no primeiro trimestre, a economia espanhola retrocedeu 0,5%, o que representa uma desaceleração do ritmo de queda do PIB com relação ao último trimestre de 2012, no qual encolheu 0,8%. A instituição destacou que o resultado reflete um momento de melhoria dos mercados financeiros europeus, salvo por episódios pontuais de incerteza relacionados às dificuldades da Itália para formar governo e às complicações para o resgate financeiro do Chipre.

Apesar destes episódios, o Banco da Espanha ressaltou que houve recuperação das condições de financiamento tanto do Tesouro público como do setor privado. O índice registrado no primeiro trimestre é explicado pela queda de 0,8% da demanda interna, menor que a registrada no trimestre precedente, o que sugere melhora do consumo das famílias. A instituição disse que a pouca capacidade de economia das famílias em um contexto de queda da renda disponível, elevado endividamento e panorama trabalhista incerto ainda deixa pouca margem para a recuperação do consumo a curto prazo.

Os investimentos das empresas também caiu em menor ritmo no primeiro trimestre devido à melhora da confiança empresarial e à manutenção das vendas ao exterior. O comércio exterior seguiu fornecendo crescimento à economia (0,3%), pois as importações sofreram uma queda menos acentuada e as exportações se recuperaram apesar da fraqueza da zona do euro, principal mercado receptor de bens e serviços espanhóis.

A destruição de emprego também se moderou, já que caiu para uma taxa de 4,5% anualizado, contra o índice de 4,7% do trimestre anterior. O aumento do desemprego registrado sofreu uma desaceleração, apesar de o Banco da Espanha acreditar que a tendência reflita uma “intensificação do desânimo após um período tão prolongado de destruição de emprego”, o que leva a uma menor procura por serviços públicos.

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Ainda na Europa, uma forte queda na atividade empresarial da Alemanha ofuscou um alívio na contração vista na França em abril, mostraram nesta terça-feira pesquisas Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), levantando preocupações sobre uma contração econômica na zona do euro.

O PMI preliminar de serviços da zona do euro, compilado pelo Markit, uma medida da atividade empresarial, subiu para 46,6 pontos em abril ante 46,4 em março, ainda mostrando contração – apenas acima de 50 pontos indica crescimento. Apesar da ligeira melhora, o Markit alertou que isso não significa que a recessão da região está deixando sua pior fase, destacando um declínio inesperado nas empresas alemãs, que formam o pilar da economia da zona do euro.

“Anteriormente, víamos a Alemanha expandir enquanto outros países contraíam – notavelmente Espanha, Itália e França”, disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson. “Agora parece que essas contrações estão sendo acompanhadas de uma contração na maior economia, a Alemanha, e isso sem dúvida agirá como um peso sobre o crescimento.”

Já o setor industrial da zona do euro teve outro mês complicado em abril, com o PMI do setor caindo para 46,5 ante 46,8, pior leitura neste ano. Parece haver pouca perspectiva de uma melhora no mês que vem, com o índice de novas encomendas caindo para o menor nível desde dezembro, a 44,9 ante 45,3. O PMI composto da zona do euro, que reúne as pesquisas de serviços e indústria, permaneceu em 46,5 em abril.

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(com agências EFE, Reuters e Estadão Conteúdo)

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