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Zona do euro enfrentará nova recessão em 2013, prevê UE

Analistas projetam contração de 0,3% para o bloco neste ano - a 3ª recessão dos últimos 5 anos. Previsão é de que desemprego atinja 19 mi de pessoas

Por Da Redação
22 fev 2013, 08h09

Os países da zona do euro enfrentarão nova recessão em 2013. É o que preveem economistas da União Europeia. Segundo projeções divulgadas pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, a economia da zona do euro terá contração pelo segundo ano seguido em 2013 – a terceira contração anual nos últimos cinco anos. De acordo com os analistas, há poucas esperanças de que uma redução das tensões no mercado financeiro da região forneça impulso para a economia real em breve.

A UE prevê que a economia da zona do euro terá contração de 0,3% neste ano e crescerá 1,4% em 2014. No entanto, nos últimos anos as projeções da UE têm sido muito otimistas. Há apenas seis meses a UE previa que a zona do euro teria expansão de 0,1% em 2013. A economia mais ampla da UE, que deverá ter 28 membros depois da entrada da Croácia mais tarde neste ano, provavelmente crescerá 0,1% neste ano e 1,6% no próximo.

“A melhora na situação dos mercados financeiros contrasta com a ausência de crescimento de crédito e com a fraqueza no cenário de curto prazo para a atividade econômica”, disse Marco Buti, diretor-geral de assuntos econômicos e monetários da Comissão Europeia. “O mercado de trabalho é uma séria preocupação”, completou.

No geral, a Comissão calcula que a zona do euro terá um déficit orçamentário médio abaixo de 3% em 2013 pela primeira vez desde 2008. O déficit médio deverá ficar em 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2,7% em 2014. A Comissão também comentou sobre o desemprego na zona do euro e disse que a queda nos gastos das empresas, dos consumidores e dos governos nacionais vai continuar provocando aumento no número de desempregados. A estimativa da UE é de que a taxa de desemprego na zona do euro atinja o pico de 12,2% – o equivalente a 19 milhões de pessoas – em 2013.

A promessa do Banco Central Europeu no ano passado de fazer o que fosse preciso para defender sua moeda comum removeu o risco de uma ruptura da zona do euro, e os custos de empréstimo dos países-membros caíram após atingirem níveis insustentáveis. Mas os efeitos da crise financeira global de 2008 e da crise da dívida da zona do euro foram maiores do que o esperado sobre a economia real. O cenário levanta a perspectiva de mais cortes de juros pelo BCE para reanimar a economia ao reduzir o custo do empréstimo a empresas e famílias. Mas com os bancos relutantes em emprestar, o resultado pode ser nulo.

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Destaques – Os economistas da União Europeia preveem que a França mal crescerá este ano, comprometendo a promessa do presidente François Hollande de reduzir o déficit fiscal do país a 3% do PIB. Segundo projeções da Comissão Europeia, o PIB francês deve apresentar uma ligeira alta de 0,1% em 2013 antes de ganhar força e expandir 1,2% em 2014. Paris considerava uma projeção de crescimento de 0,8% este ano para diminuir seu déficit fiscal a 3% do PIB.

A Comissão Europeia pediu nesta sexta-feira à França que limite o déficit público, mas não descartou adiar a 2014 o objetivo de déficit de 3% do PIB, depois de prever que este ano o resultado será de 3,7%. De acordo com as previsões da Comissão Europeia, a França terá este ano um déficit de 3,7%, longe da meta de 3%, e será ainda mais importante em 2014, a 3,9%.

Para a a economia da Espanha, a expectativa é de que neste ano haja uma contração muito maior do que a calculada pelo governo e de que Madri não alcançará as metas de déficit neste ano e no próximo. Em suas projeções semestrais, o PIB espanhol deverá cair 1,4% em 2013, quase três vezes a queda de 0,5% esperada pelo governo. Para 2014 a previsão da UE é de crescimento de 0,8%, a mesma previsão feita anteriormente.

Quanto ao déficit público espanhol, a Comissão estima 6,7% do PIB para 2013 e 7,2% para 2014, longe da meta de Madri, que esperava ficar abaixo do teto autorizado de 3% de déficit no próximo ano. Foi alertado ainda que o país deve ter registrado déficit público de 10,2% em 2012.

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Para a Grã-Bretanha, há boas perspectivas para a economia, afirmou a Comissão Europeia. Em sua estimativa mais recente, manteve inalterada sua projeção para o crescimento do PIB do Reino Unido de 2013 em 0,9%, mas cortou levemente sua previsão para o crescimento econômico em 2014, para 1,9%, ante estimativa anterior de 2%.

Já para a Itália, a estimativa é de que sua economia se contraia 1% este ano, sustentado apenas pelo comércio exterior, mas pressionado por quedas no consumo privado e na formação de capital fixo. No entanto, a recessão italiana deverá chegar ao fim no verão europeu, após oito trimestres seguidos de retração. Para 2014, a projeção é que a economia da Itália cresça 0,8% em termos reais, desta vez com ajuda do consumo privado e investimentos.

(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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