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Troika finaliza missão em Atenas e espera por acordo

Os chefes da missão da tríade deixaram a Grécia sem ter conseguido estabelecer uma reforma trabalhista com o governo grego

Por Da Redação
17 out 2012, 16h20

Os chefes da troika, formada por Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), concluíram sua missão na Grécia nesta quarta-feira após decidirem a maioria das medidas, mas as negociações vão continuar em nível técnico com a finalidade de se chegar a um acordo integral nos próximos dias.

A tríade anunciou, em comunicado divulgado pela Comissão Europeia, que finalizou sua visita à Grécia para negociar com as autoridades gregas o pacote de medidas de cortes e reformas que devem ser implementados como condição para o recebimento da próxima parcela de ajuda financeira e a continuação do resgate da zona do euro e do FMI e que este “deveria servir como base para fechar a revisão do programa”.

Durante a visita em Atenas, a troika e o governo de coalizão grego tiveram “conversas exaustivas e produtivas sobre as políticas necessárias para a restauração do crescimento, do emprego e da competitividade, além de garantir a sustentabilidade fiscal de uma maneira socialmente equilibrada e fortalecer o sistema financeiro”, destacaram as três instituições.

A Comissão Europeia, o BCE e o FMI e as autoridades gregas concordaram com “a maioria das medidas principais necessárias para restaurar o impulso reformista e preparar o caminho para a conclusão da revisão” do resgate grego, garantiu a tríade.

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As negociações sobre os elementos restantes a serem decididos “vão continuar desde as respectivas sedes e através de representantes técnicos com a intenção de se fechar um acordo completo nos próximos dias”, afirmou. Além das medidas que já foram estipuladas e as que ainda restam, os “temas de financiamento” serão negociados entre os credores oficiais e a Grécia, ou seja, entre a zona do euro, o FMI e Atenas, explicou a troika.

Reforma trabalhista – Os chefes da missão da tríade deixaram Atenas sem ter conseguido estabelecer uma reforma trabalhista com o governo grego, que faz parte do programa de cortes de gastos e reformas imposto ao país mediterrâneo. A Comissão Europeia, o FMI e o BCE propuseram a redução das indenizações por demissão, acabar com os aumentos salariais por tempo de trabalho e estabelecer uma semana de trabalho de seis dias.

As exigências da troika foram contestadas pelos sindicatos com a convocação de uma greve geral para o dia 18 de outubro, a quinta somente este ano. Além da reforma trabalhista, o novo pacote de austeridade negociado, de 13,5 bilhões de euros, inclui o aumento da idade de aposentadoria dos 65 para os 67 anos, cortes nos salários dos funcionários públicos, na previdência e nos gastos sociais.

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A troika retomou os contatos com o governo grego em Atenas no final do mês de julho após a interrupção brusca por conta das duas convocações de eleições gerais e da incerteza política. A realização do próximo lance do empréstimo para Grécia – de 31 bilhões de euros – depende do relatório que será feito pela troika. Depois, os ministros das Finanças da zona do euro, junto com o FMI, vão estudá-lo e tomar uma decisão.

A Grécia não estará na agenda da cúpula europeia que será realizada amanhã e sexta-feira em Bruxelas, mas será um tema que os líderes devem abordar fora da reunião, segundo fontes diplomáticas. Além disso, os chefes de Estado e de governo pretendem fazer uma declaração sobre a Grécia avaliando os “louváveis esforços” feitos recentemente e incentivando a conclusão das negociações com a troika.

O objetivo de Atenas é receber uma prorrogação de dois anos para cumprir com as exigências.

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(Com EFE)

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