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Transações correntes têm déficit recorde: US$ 6,873 bi

Resultado de março representa o pior da série histórica do BC, iniciada em 1980

Por Da Redação
24 abr 2013, 12h22

Só na terceira semana de abril, o país registrou déficit comercial de US$ 2,271 bilhões, o pior resultado semanal

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,873 bilhões de dólares em março, informou o Banco Central nesta quarta-feira. Este é o pior desempenho para meses de março desde o início da série histórica, em 1980. O resultado foi pior do que os 6 bilhões de dólares esperados por analistas. No acumulado de 12 meses encerrados em março, o déficit em conta corrente do país ficou em 2,93% do Produto Interno Bruto (PIB), o pior desde agosto de 2002, quando ficou em 2,97%.

Leia ainda: Déficit em transações correntes é o pior da história para fevereiro

A conta de transações correntes é composta por quatro indicadores: balança comercial, serviços, rendas e transferências unilatreais. O desempenho ruim da balança comercial foi o principal fator que pesou na conta corrente do país. Com sucessivos saldos ruins, devido ao cenário desafiante do comércio externo, em março o país registrou superávit comercial de apenas 161 milhões de dólares, segundo o BC, muito inferior aos 2,024 bilhões de dólares vistos um ano antes. No primeiro trimestre, a balança comercial somou déficit de 5,156 bilhões de dólares ante superávit de 2,420 bilhões no ano passado. Só na terceira semana de abril, o país registrou déficit comercial de 2,271 bilhões de dólares, pior resultado semanal. No ano, a balança comercial acumula saldo negativo de 6,489 bilhões de dólares.

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A conta de serviços teve déficit de 3,737 bilhões de dólares em março, influenciada pelos gastos de brasileiros no exterior (déficit de 1,271 bilhão). Já as contas de rendas e transações unilaterais fecharam o terceiro mês do ano com déficit de 3,502 bilhões de dólares e superávit de 204 milhões de dólares, respectivamente. No último item, a boa notícia é que houve aumento das remessas de lucros e dividendos, que somaram 2,732 bilhões de dólares no mês passado, ante 1,965 bilhão de dólares em igual mês de 2012. No primeiro trimestre de 2013, as remessas líquidas somam 6,974 bilhões de dólares, ante 3,474 bilhões de dólares vistos de janeiro a março de 2012.

Em março de 2012, as três contas (serviço, rendas e transações) estavam em -3,256 bilhões, 2,359 bilhões e 313 milhões de dólares, respectivamente.

Leia mais: Brasileiros gastaram US$ 6 bilhões no exterior no 1º tri

Investimentos e juros – O resultado das transações correntes não conseguiu ser compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que, em março, somaram 5,739 bilhões de dólares, acima da previsão de analistas (4,2 bilhões de dólares), mas abaixo abaixo dos 5,897 bilhões de dólares de igual período de 2012. No acumulado do ano até março, o IED somou 13,256 bilhões de dólares (2,30% do PIB). No mesmo período do ano passado, o IED acumulado somou 14,949 bilhões de dólares (2,76% o PIB). No acumulado em 12 meses até março, o IED está em 63,579 bilhões de dólares, o que corresponde a 2,78% do PIB.

O BC informou ainda que as despesas com juros externos foram de 811 milhões de dólares em março e de 3,146 bilhões de dólares no trimestre. Em 2012, o gasto com juros foi de 443 milhões de dólares em março e de 2,448 bilhões de dólares no acumulado do ano até março.

O cenário desfavorável no comércio internacional para as exportações brasileiras levaram o BC a aumentar, em março, a estimativa de déficit em transações correntes de 2013 a 67 bilhões de dólares, ante 65 bilhões de dólares, superior à projeção de ingresso de 65 bilhões de dólares de IED prevista para o ano.

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(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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