Trabalho infantil no Brasil caiu entre 2004 e 2009
Número de crianças trabalhando diminuiu 1,05 milhão no período analisado, passando de 5,3 milhões para 4,2 milhões
A proporção de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade que trabalham caiu dois pontos porcentuais entre 2004 e 2009 no Brasil. Enquanto 11,8% dos jovens desta faixa etária trabalhavam em 2004, a proporção chegou a 9,8% em 2009. A informação é de relatório “Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um olhar sobre as unidades da Federação”, divulgado nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O número de crianças trabalhando diminuiu 1,05 milhão no período analisado, passando de 5,3 milhões para 4,2 milhões.
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A maioria das crianças e adolescentes nesta faixa etária (65,8%) que trabalhava em 2009 morava em áreas urbanas. Porém, a proporção de crianças e adolescentes que trabalham ainda é maior nas zonas rurais, sendo que 2,7% das crianças entre 5 e 9 anos de idade das áreas rurais trabalham, ante 0,3% nas cidades. Já entre 10 a 17 anos, as proporções eram de 27% na zona rural e 12% no ambiente urbano.
De acordo com a OIT, 66% das crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos que trabalham são do sexo masculino. A organização informa ainda que as meninas desta faixa etária não estão completamente representadas no número registrado, principalmente pela informalidade de setores como o trabalho doméstico.
Juventude – Em 2009, a taxa de desemprego entre os jovens (de 15 a 24 anos de idade) era de 17,8% dos jovens no Brasil, enquanto 18,4% do total de jovens não estudava nem trabalhava – um contingente de 6,2 milhões de pessoas.
O número de aprendizes (entre 14 e 15 anos), segundo a OIT, vem crescendo no país, passando de 59,3 mil em 2005 para 193 mil em 2010. Apesar disso, o potencial de vagas de aprendizagem, segundo cálculos do Observatório do Mercado de Trabalho Nacional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é subaproveitado.
A quantidade mínima de vagas que deveriam ser ocupadas por aprendizes em 2009 era de 1,2 milhão, mas o número de contratados no ano foi de 155 mil (12,7% da demanda potencial). São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que contavam com os maiores efetivos de contratos de aprendizes em 2009, cumpriram só 13,1%, 13,2% e 11,9% das cotas totais, respectivamente.
(Com Agência Estado)