TIM participará do leilão de 4G, diz Telecom Italia
Após reunião com Dilma Rousseff, presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, afirmou que operadora reiterou compromissos com investimentos no país
O presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, confirmou nesta quarta-feira, após encontro com a presidente Dilma Rousseff, que a TIM participará do leilão de 4G na faixa de 700 megahertz (MHz) que o governo pretende realizar na segunda quinzena de setembro. Segundo ele, a reunião no Palácio do Planalto serviu para operadora reiterar compromissos com investimentos no país, por meio da aquisição de novas frequências, e, consequentemente, da ampliação de sua cobertura de telefonia e internet móvel.
“Temos a vontade de fazer investimentos para o crescimento da banda larga móvel. O Brasil passa por uma revolução e tem uma população jovem que deseja cada vez mais internet rápida e barata. Por isso reiteramos nossos compromissos em antecipar investimentos e adquirir mais frequências”, disse o executivo. Patuano lembrou que estão previstos 11 bilhões de reais em investimentos da TIM no país entre 2014 e 2016, mas afirmou que a disputa pela frequência de 700 MHz pode levar a companhia a ampliar esse planejamento. “Estamos investindo cerca de 4 bilhões de reais por ano, e vamos precisar de mais com o leilão de 4G”, projetou.
Leia também:
Telefonica reduz fatia na Telecom Italia, dona da TIM
Leilão de 4G deve ocorrer no início de setembro
Anatel publica regras para evitar interferências entre 4G e TV digital
O presidente da Telecom Italia evitou comentar a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que exige que a Telefonica saia do controle acionário do grupo italiano ou que a TIM seja dividida no Brasil com outro grupo investidor. Ele também se recusou a comentar os boatos de que a Oi poderia fazer uma oferta pela aquisição de parte da TIM. “A estratégia da Telecom Itália é independente de qualquer acionista, inclusive da Telefonica”, afirmou. “Não cabe a nós comentar os critérios das autoridades concorrenciais brasileiras”, completou, ao ser questionado se o tema foi tratado com a presidente Dilma.
Patuano também não confirmou se a TIM estaria negociando uma possível fusão com a GVT no país, apesar de não descartar a operação. “É difícil se evitar as especulações. A TIM tem sucesso no segmento móvel e a GVT, no serviço fixo, portanto existem sinergias. Não descartamos (a fusão), mas não estamos focados nisso”, acrescentou ele.
(Com Estadão Conteúdo)