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Tesouro tem instrumentos para adiar crise por alguns dias

Caso o Congresso americano não aprove elevação do teto da dívida, Tesouro pode tentar postergar um calote cortando outros gastos e/ou vendendo alguns ativos

Por Beatriz Ferrari e Carolina Guerra
2 ago 2011, 07h51

Mesmo que o governo americano atinja o teto do endividamento nesta terça-feira e o Congresso não autorize sua elevação, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos pode postergar, por alguns dias, a tragédia de uma moratória de parte de sua dívida. Segundo economistas ouvidos pelo site de VEJA, o órgão dispõe de recursos que lhe permitiriam continuar a pagar suas obrigações até 15 de agosto. Republicanos e democratas teriam, assim, um tempo extra para acertar as arestas e propor uma solução definitiva e crível ao problema.

O Tesouro já prepara um plano emergencial, que, por ora, é mantido em segredo. O mercado avalia que as medidas previstas reestruturariam a maneira como o governo gasta, priorizando as obrigações junto aos detentores da dívida em detrimento de outras despesas. Antes de suspender os pagamentos dos títulos, o Tesouro tem outras alternativas, como diminuir gastos sociais, paralisar atividades do poder público e até mesmo privatizar estatais – algo que se assemelha aos planos de austeridade fiscal anunciados nos últimos meses pelos países europeus. “Outras partes do orçamento federal poderiam ser cortadas. Talvez com medidas tão duras como reduzir os salários em 10%, incluindo benefícios previdenciários”, explica Martin Walker, economista chefe da consultoria AT Kearney.

As instituições americanas, escoladas com a crise de 2008, já traçam hipóteses e se protegem na medida do possível. O governo da Califórnia, por exemplo, pediu na semana passada um empréstimo de 5,4 bilhões de dólares, tendo nada menos que oito instituições financeiras como credoras. O dinheiro servirá para cobrir custos da máquina pública, além de proteger o estado em caso de atrasos nas transferências de recursos federais para a saúde ou o transporte.


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