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Temor sobre China e desaceleração global fazem bolsas do mundo todo caírem

Investidores da Europa, Estados Unidos e Ásia realizam lucros em pregão de queda generalizada; Bovespa cai 1,99%

Por Da Redação
21 ago 2015, 19h35

Os dados negativos sobre a indústria da China, divulgados no início da sessão asiática, reforçaram nesta sexta-feira os temores com a desaceleração do país. Junto com outros fatores, isso espalhou um movimento de venda de ações ao redor do mundo, que atingiu a Ásia, a Europa, os EUA e, inevitavelmente, o Brasil.

O Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, fechou em baixa de 1,99%, aos 45.719,64 pontos, menor nível desde os 45.117,80 pontos de 17 de março do ano passado. Na semana, recuou 3,76% e, em agosto, já acumula perdas de 10,11%. Na máxima da sessão, marcou 46.649 pontos (estável) e, na mínima, atingiu 45.677 pontos (-2,08%). O giro financeiro totalizou 5,47 bilhões de dólares.

Papéis importantes para o Ibovespa e vulneráveis a uma desaceleração da China recuaram: Vale ON cedeu 2,74% e o papel PNA da mineradora caiu 2,61%, enquanto Petrobras ON teve baixa de 5,06% e o PN cedeu 4,93%. Muito em função da desaceleração chinesa, os preços do petróleo seguiram morro abaixo nesta sexta-feira, com o petróleo WTI chegando a ser negociado abaixo dos 40 dólares o barril – o que penalizou diretamente a Petrobras.

Em Nova York, os principais índices de ações fecham com fortes perdas: o Dow Jones despencou 3,12%, aos 16.459,75 pontos, o S&P 500 recuou 3,19%, aos 1.970,89 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 3,52%, aos 4.706,04 pontos. O mercado americano refletiu as quedas das bolsas globais. Na China, o índice Shanghai Composite caiu 3,4%; as Bolsas de Hong Kong e de Taiwan entraram em tendência de queda (acumulando baixas de 20% em relação aos picos atingidos em abril) e o FT-100, da Bolsa de Londres, acumula oito sessões consecutivas de perdas e entrou em correção (queda de 10% em relação à máxima de abril).

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Analistas financeiros atribuem a queda nos mercados a vários fatores, entre eles o nervosismo causado pela turbulência do mercado de ações da China e pela desvalorização do iuane, as quedas fortes das moedas dos países emergentes e produtores de commodities na quarta-feira, sinais de que estaria começando uma “guerra cambial” entre vários países (o Casaquistão desvalorizou sua moeda em 25%), os preços baixos do petróleo e de outras commodities e a incerteza quanto à perspectiva sobre as taxas de juro nos EUA, deixada pela ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada nesta quinta. O Banco Central dos Estados Unidos revelou que os juros poderão não subir na próxima reunião do comitê de política monetária, em setembro – contrariando as expectativas.

“Há uma incerteza elevada, que começou com a desvalorização do iuane, na semana passada, enquanto o crescimento da China está desacelerando mais rapidamente do que se pensava. Isso está pesando na confiança”, comentou Randy Frederick, diretor de operações com derivativos do Schwab Center for Financial Research.

Crise no Brasil – Como pano de fundo para o recuo das ações na bolsa brasileira, seguiram no radar os embates políticos em Brasília. Entre as notícias do dia, a possibilidade de o vice-presidente Michel Temer deixar o comando da articulação política do governo.

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Já os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho, divulgados à tarde pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), confirmaram a percepção de que a economia brasileira, de fato, vai mal. Foram fechados 157.905 empregos formais no mês passado, mais do que as 140.000 vagas do piso das projeções do mercado. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia divulgado um IPCA-15 de agosto de 0,43% – dentro do esperando, mas mostrando uma inflação acumulada de 9,57% em 12 meses.

No setor bancário, alguns papéis se recuperaram na segunda metade dos negócios, após notícia de que a base do governo admite a possibilidade de elevar a Contribuição sobre o Lucro Líquido dos Bancos (CSLL) de 15% para 20% – e não para 23%, como proposto pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da medida provisória 675.

A alíquota de 20% seria uma forma de evitar derrota na votação. No final, entretanto, apenas Itaú Unibanco seguiu em alta, de 0,23%. Banco do Brasil ON caiu 0,22%, Bradesco PN, 0,56%, e Santander unit, 1,12%.

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(Com Estadão Conteúdo)

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