Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Copom deve reduzir Selic a 9% nesta quarta-feira

Expectativa do mercado é de um corte de 0,75 ponto porcentual da taxa de juros

Por Da Redação
18 abr 2012, 08h27

Na reunião desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve promover o sexta corte consecutivo na taxa básica de juros do país, a Selic. É o que indicam as expectativas do mercado, como as divulgadas nesta segunda-feira pelo BC em sua pesquisa semanal Focus. Atualmente em 9,75% ao ano, a taxa deve ser reduzida a 9% – patamar muito próximo à mínima histórica, de 8,75%.

O novo corte foi sinalizado pelo próprio Copom em sua ata divulgada em março. “O Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando”, dizia o documento. Na ata, o Copom reforça a avaliação de que o aumento na oferta de poupança externa e a redução no seu custo de captação têm contribuído para a queda das taxas de juros domésticas, inclusive da taxa neutra. Para o BC, esses desenvolvimentos são de caráter permanente. A menor taxa de juros da história do país foi registrada entre julho de 2009 e abril de 2010, na primeira etapa da crise financeira internacional. A sinalização de uma redução em 0,75 ponto porcentual também foi apontada em recentes entrevistas pelo presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.

A diminuição dos juros básicos vai ao encontro da grande preocupação do governo: estimular a economia e garantir um crescimento na casa de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Em 2011, a economia brasileira cresceu apenas 2,7%, puxado por um mau desempenho da indústria. Para tanto, a equipe da presidente Dilma Rousseff anunciou medidas para acelerar o crescimento da atividade, sobretudo na indústria.

Inflação – Indicadores divulgados nas últimas semanas têm mostrado uma aceleração da inflação, como, por exemplo, a segunda prévia do IGP-M divulgado nesta quarta-feira. O governo, contudo, conta com uma diminuição das pressões inflacionárias para que o BC possa prosseguir com o atual ciclo de redução dos juros. A meta oficial de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA).

Continua após a publicidade

Fim do ciclo? – Há no mercado algumas vozes a apontar a possibilidade de a trajetória de queda dos juros não acabar em abril. Ao menos, o BC não deve apontar na decisão desta quarta-feira o fim do ciclo, deixando isso para as próximas decisões condicionadas a novos dados. Este é posicionamento do Bradesco, conforme relatório divulgado a clientes. “Depois de adotar uma sinalização bastante explícita desde o início do ano, acreditamos que o Copom retornará para uma postura mais tradicional de condicionar suas próximas decisões à evolução do cenário de atividade e inflação”, diz o banco. Em outras palavras, ainda que sem se comprometer com os próximos passos, o BC manterá a possibilidade de que, caso o cenário requeira, haja continuidade do processo de ajuste da política monetária.

(com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.