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Taxa de desemprego sobe a 5,3% em janeiro, maior em 16 meses

Segundo dados do IBGE, este é o maior patamar desde setembro de 2013

Por Da Redação
26 fev 2015, 10h09

O desemprego voltou a subir no Brasil no início do ano e chegou a 5,3% em janeiro, maior patamar desde setembro de 2013 (5,4%). Em dezembro, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia ficado em sua mínima histórica, de 4,3%. O indicador veio acima do que esperavam economistas ouvidos pela agência Reuters, cuja mediana das expectativas apontava para taxa de desemprego em 5% em janeiro.

Vale ressaltar que o IBGE tem outra pesquisa de emprego, trimestral – a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que reflete um pouco melhor a situação do país, por ter uma metodologia mais abrangente. A taxa média de desemprego no quarto trimestre de 2014 ficou em 6,5%, de acordo com a Pnad. Com isso, a média anual ficou em 6,8%, bem maior do que o calculado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que terminou o ano passado com média de 4,8%.

População – Um dos fatores que levou à alta da taxa de desemprego em janeiro foi o aumento da procura por vagas. A população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade, disparou 22,5% em janeiro na comparação mensal e avançou 10,7% na base anual, atingindo 1,288 milhão de pessoas.

Ao mesmo tempo, a população ocupada diminuiu 0,9% sobre dezembro e recuou 0,5% ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 23,004 milhões de pessoas, sinalizando fechamento de vagas.

Salários – Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores aumentou 0,4% em janeiro de 2015 na comparação com dezembro passado e 1,7% ante janeiro de 2014. O rendimento médio real dos trabalhadores em janeiro foi de 2.168,80 reais, contra 2.161,20 reais em dezembro.

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Leia mais:

O pilar do emprego começa a ruir – e as demissões batem à porta

Cenário ruim – Desde o ano passado estão sendo divulgadas notícias de demissões. Só as montadoras demitiram 12.400 trabalhadores em 2014. No setor de autopeças foram 19.000 cortes. Os bancos também já dispensaram 5.000 postos de trabalho no ano passado, segundo pesquisa divulgada em meados de janeiro pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Dieese.

Este ano, refletindo as denúncias da Operação Lava Jato, a Petrobras suspendeu relações contratais com grandes grupos do país. Isso está levando não apenas as próprias empreiteiras a demitirem como também está refletindo na cadeia produtiva como um todo.

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve divulgar em breve os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a janeiro. O ano passado não foi bom para o mercado de trabalho. Foram criadas apenas 396.993 vagas de emprego, queda de 65% em relação a 2013, quando o saldo líquido foi de 1.138.562 postos de trabalho, e o menor saldo líquido desde 2002.

Além disso, os principais pilares que seguravam a economia brasileira se deterioraram fortemente em 2014: os investimentos, o consumo e as exportações. O único remanescente era o emprego, do qual os governos petistas sempre se gabaram para justificar suas políticas econômicas heterodoxas. Mas, tudo indica, o cenário mudou. Ocorre que a taxa de desemprego vinha sendo sustentada não só pela criação de vagas, mas também pela grande quantidade de brasileiros em idade ativa que não procurava trabalho.

Com o aperto nas regras do seguro-desemprego anunciado no apagar das luzes de 2014, muitos devem voltar à procura. Contudo, dados coletados pela Fundação Getulio Vargas a pedido do site de VEJA para reportagem especial sobre o setor mostram que esses brasileiros não encontrarão boas notícias. O indicador de “emprego futuro” de janeiro de 2015, que apura a confiança da população em relação ao trabalho, atingiu seu pior nível desde o início de 2009. Em um ano, acumula queda de 24%.

Leia ainda: Dez aplicativos que ajudam a melhorar a produtividade no trabalho

(Com agência Reuters)

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