Superávit primário do governo central recua quase 65% em julho
Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central economizam apenas 2,06% do PIB no mês, contra os 2,86% apurados em julho do ano passado
Primário até julho foi 22,9% menor que o verificado no mesmo período do ano passado, que foi de 67,33 bilhões de reais
O governo central – composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou superávit primário de 3,98 bilhões de reais em julho, quase 65% menor que o verificado no mesmo mês de 2011, conforme dados divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro. No acumulado de sete meses do ano, o resultado positivo totaliza 51,90 bilhões de reais – ao passo que a meta para 2012 é de 96,97 bilhões de reais.
Recuo – O primário no acumulado do ano foi 22,9% menor que o verificado no mesmo período do ano passado, quando o governo central economizou 67,33 bilhões de reais. Apenas em julho, houve queda de 64,83% em relação a igual mês de 2011, pois o resultado auferido naquele período foi de 11,34 bilhões de reais. Já em comparação com junho de 2012, viu-se uma alta de 258,2%.
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Despesas crescem – O mau resultado do primário no mês anterior deve-se ao fato de que as despesas do governo central continuam a aumentar em velocidade bem maior que a das receitas. Enquanto os dispêndios neste ano até julho registraram alta de 12% na comparação com igual período do ano passado, as receitas subiram 7% no mesmo período.
As receitas totais de janeiro a julho somaram 504,47 bilhões de reais, enquanto, no mesmo período do ano passado, esse montante havia sido de 471,26 bilhões de reais. Já as despesas passaram de 403,93 bilhões de reais nos primeiros sete meses de 2011 para 452,56 bilhões de reais. Apenas em julho, a receita líquida foi de 76,88 bilhões de reais e as despesas de 72,89 bilhões de reais.
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De janeiro até o mês passado, a economia que o governo fez foi equivalente a 2,06% do Produto Interno Bruto (PIB). Em idêntico período de 2011, o superávit obtido representou 2,86% do PIB.
(Com Agência Estado)