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Suíça investiga ajuda de HSBC a ex-diretores de Petrobras em desvios da Lava Jato

Segundo jornal, contas ligadas a ex-diretores da estatal serão investigadas também pelo Ministério Público do país

Por Da Redação
19 fev 2015, 08h56

O Ministério Público da Suíça vai incluir em suas investigações sobre lavagem de dinheiro do banco HSBC local as contas de ex-diretores da Petrobras que são alvo da Operação Lava Jato. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o HSBC suíço abriu contas e recebeu dinheiro proveniente de desvios e corrupção na Petrobras. O MP de Genebra liderou uma operação de busca e apreensão na sede da instituição e em diversos de seus escritórios para coletar documentos que mostrem como o banco ajudava seus clientes a sonegar impostos e lavar dinheiro.

A Justiça de Genebra quer saber se o HSBC realizou os controles exigidos pela lei para saber a origem do dinheiro e como ele foi parar em suas contas na Suíça. Se comprovado que a instituição foi negligente ou simplesmente não se ateve a todas as exigências legais, ela poderá ser denunciada formalmente por lavagem de dinheiro.

Ao menos onze pessoas que foram ligadas ou citadas no escândalo da Operação Lava Jato também foram ligadas à investigação do HSBC. São elas: Pedro José Barusco Filho, ex-gerente da Petrobras, que já havia revelado que tinha dezenove contas em nove bancos suíços; o empresário Júlio Faerman, ex-representante da holandesa SBM; Raul Henrique Srour, suspeito de integrar o grupo do doleiro Alberto Youssef, além de oito integrantes da família Queiroz Galvão. No total, eles teriam movimentado 110,5 milhões de reais entre 2006 e 2007.

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Investigação – Chamada de Swissleaks, a investigação é uma verdadeira viagem ao coração da fraude fiscal e revela os artifícios utilizados para dissimular dinheiro não declarado. Segundo as informações, baseadas em arquivos bancários retirados do HSBC Suíça pelo ex-funcionário Hervé Falciani, quase 180 bilhões de dólares teriam transitado por contas do HSBC em Genebra, para fraudar o fisco, lavar dinheiro sujo, ou financiar o terrorismo internacional.

Analisados por 154 repórteres de 47 países, os dados correspondem ao período que vai de 1988 a 2007. Bilhões teriam transitado por essas contas de Genebra, dissimuladas, entre outras, por estruturas offshore no Panamá e nas Ilhas Virgens britânicas.

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Várias personalidades políticas, do mundo do entretenimento, do esporte e dos negócios são citadas pela imprensa internacional em uma investigação que revela a face oculta do sigilo bancário na Suíça.

Brasil – Em número de clientes, o Brasil aparece em quarto lugar na lista da investigação operação, com um total de 8.667. Aqui no país, a Receita Federal abriu investigações para apurar “hipóteses de omissão ou incompatibilidade de informações” prestadas ao Fisco Brasileiro por brasileiros correntistas do banco na Suíça, após vazamento de dados que indicam evasão de divisas.

Essas “hipóteses”, se confirmadas, seriam passíveis de autuação fiscal e de representação fiscal por ocorrência de crime contra ordem tributária, além de responsabilização por eventuais crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro. Entre as personalidades brasileiras estavam as famílias Safra e Steinbruch.

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