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Brasil mostra poucos sinais de melhora no curto prazo, diz S&P

Cenário ainda nebuloso da economia brasileira faz a agência de classificação de risco manter com sinal negativo a perspectiva da nota de crédito do país

Por Da Redação
23 nov 2015, 16h53

A manutenção da perspectiva negativa da nota de crédito do Brasil na avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) reflete, além da deterioração de indicadores econômicos do país, a falta de uma perspectiva de estabilização que dê previsibilidade para o futuro. Em setembro, a agência tirou o país da lista dos que ela considera bons pagadores.

“Mesmo que hoje você não tivesse com números estáveis, mas a tendência fosse de tal, isso já poderia estar embutido na avaliação. Do ponto de vista da S&P, não existe hoje uma visão de que isso vá ser modificado no curto prazo. Por isso o negativo”, disse a representante de agência de classificação de risco no Brasil, Regina Nunes. “A gente não vê a estabilização dos vetores que trouxeram o Brasil para o grau especulativo”, afirmou.

Regina mencionou a ausência de uma dinâmica de dívida estável, de previsibilidade do custo dessa dívida e de como ela vai se comportar em termos de alongamento ou não desses prazos. A falta de previsibilidade, avalia a agência, impõe custos para todos os setores da economia. Um dos principais exemplos citados foi o setor financeiro, que para a executiva da S&P, sofre as consequências da redução do nível de emprego e na capacidade de pagamento das famílias.

“Isso tem uma consequência muito grande. Tem um lado positivo no fato de o crédito ter crescido tanto, porém no ajuste impõe um risco que é a empregabilidade do profissional que tomou os recursos”, explicou a jornalistas. Ela participou do Seminário “Reavaliação do Risco Brasil”, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em entrevista após o evento, a líder da S&P no Brasil não descartou uma nova revisão do rating do país ainda em 2015, mas reafirmou que a agência não tem um prazo definido para tanto. “Não temos (prazo para reavaliar). Se for a nossa opinião que algo mudou, isso vai acontecer. Os ratings estão sendo atualizados todo dia”, disse.

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Na visão de Regina, o fechamento de 2015 ainda não está 100% definido diante do quadro de instabilidade política e econômica. “Ainda há uma expectativa para o fechamento de 2015 e isso vai determinar 2016 e 2017”, frisou, lembrando que assim como se deterioraram mais rápido que o esperado os indicadores brasileiros necessitam de uma correção também ágil e de reformas para reconquistar a confiança do investidor.

Questionada sobre recentes vitórias do governo no Congresso e sobre a hipótese de haver uma capitalização da Petrobras pelo governo por meio de um instrumento híbrido de capital e dívida, Regina Nunes preferiu deixar qualquer comentário para os analistas da S&P. No entanto, afirmou que certamente todos os eventos no entorno da Petrobras têm um peso nos ratings do país, da indústria de óleo e gás, do setor de construção civil e até nos cenários traçados pela S&P para estados e municípios.

(Com Estadão Conteúdo)

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