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‘Sonegômetro’ mostrará quanto a sonegação custa ao país

Iniciativa tem o objetivo de estimular a redução da carga tributária e pressionar o governo por melhoras nos órgãos de fiscalização

Por Adriano Lira
4 jun 2013, 20h54

Nesta quarta-feira será lançado o ‘Sonegômetro’, placar on-line que vai mostrar, em tempo real, quanto o país deixa de arrecadar por causa da sonegação de impostos. A iniciativa da criação desse ‘Impostômetro’ da sonegação é do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

Em seu primeiro dia, o ‘Sonegômetro’ já estará marcando 130 bilhões de reais – este é o valor sonegado desde o dia 1° de janeiro, segundo o Sinprofaz. O valor corresponde a cerca de 19% dos 678 bilhões de reais arrecadados pelo país neste ano, segundo o “Impostômetro”, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que contabiliza tributos federais, estaduais e municipais pagos pelos brasileiros.

Para o presidente do sindicato, Allan Titonelli Nunes, a sonegação está diretamente relacionada à alta carga tributária do país. “Como os impostos são altos e, mesmo assim, não há melhoras na vida das pessoas, isso faz com que muitos vejam a sonegação como ‘parte do jogo’, o que cria um círculo vicioso”, afirma Nunes.

Infográfico: Um elefante chamado carga tributária

Nunes ressalta que a redução da sonegação de impostos – se ocorrer – vai contribuir para que a carga tributária do país recue. De acordo com o Sinprofaz, com menos sonegação, é possível reduzir os impostos em cerca de 20%.

No entanto, o objetivo da iniciativa não é apenas pressionar os sonegadores. Para o presidente do sindicato, o governo alimenta a prática, já que não investe em órgãos antissonegação. “A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que poderia inibir a prática, tem 500 postos de trabalho para procuradores, mas o governo não preencheu as vagas”, diz o sindicalista.

Outro problema é a inoperância de sistemas de informática. “Tudo deveria estar integrado à Receita Federal, mas não é o que acontece”, afirma Nunes. E ainda há procedimentos que precisam ser feitos manualmente, como a confirmação de alguns tipos de pagamento, o que faz com que tais dados sejam processados de forma mais lenta.

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No mesmo dia do lançamento do ‘Sonegômetro’, o Sinprofaz vai publicar um estudo que analisará a evolução da sonegação do país. Um painel móvel, com o placar da sonegação fiscal, também circulará pelas ruas de Brasília.

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