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Sobrinho barra lançamento da biografia de Lily Safra no Brasil

Se a editora Harper Collins, do Grupo de Rupert Murdoch, lançar o livro no Brasil, pagará multa de 100 reais por exemplar vendido

Por Da Redação
9 ago 2013, 10h55

O advogado Leonardo Watkins conseguiu barrar na Justiça a venda no Brasil da biografia não autorizada de sua tia, a bilionária brasileira Lily Safra. A decisão, proferida na quinta-feira, pela juíza Carla Melissa Martins Tria, da 7ª Vara Cível de Curitiba, proíbe a Editora Harper Collins, do Grupo News Corporation (de propriedade do magnata da imprensa Rupert Murdoch), de vender no Brasil tanto a versão em papel quanto a digitalizada da obra.

Se a editora lançar o livro no país, pagará multa de 100 reais por exemplar vendido. A autora, a jornalista canadense Isabel Vincent, também é ré no processo. Isabel trabalha no jornal New York Post, veículo que integra o conglomerado News Corporation.

Segundo Watkins, o livro “Gilded Lily”, ainda sem tradução para o português, mancha a memória de seu pai e irmão de Lily, o arquiteto Artigas Watkins. Leonardo não pede indenização financeira, como é comum nesses casos. Quer apenas que a autora e a editora retirem do livro o que qualifica como �versão fantasiosa� da morte do empresário Alfredo Monteverde, o segundo marido de Lily e fundador da rede de varejo Ponto Frio. Em agosto de 1969, quando negociava um acordo para se separar de Lily, Monteverde foi encontrado morto em seu quarto com dois tiros, segundo o livro. O inquérito policial concluiu que o empresário se suicidou. Lily herdou e assumiu o Ponto Frio. A família de Monteverde, no entanto, não ficou satisfeita e sempre questionou a versão da polícia.

Nos três primeiros capítulos e no epílogo, a biografia traz informações que envolvem Artigas no que a autora sugere ter sido o assassinato de Monteverde. Leonardo diz ter ficado consternado ao tomar conhecimento do conteúdo do texto, em julho de 2010, quase um mês após o lançamento do livro. De lá para cá, reuniu uma série de documentos para derrubar a versão da autora.

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Em agosto de 1969, quando negociava um acordo para se separar de Lily, Monteverde foi encontrado morto em seu quarto com dois tiros. O inquérito policial concluiu que o empresário se suicidou. Lily herdou e assumiu o Ponto Frio. A família de Monteverde, no entanto, não ficou satisfeita e sempre questionou a versão da polícia.

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“�Jamais imaginei passar por algo assim. Meu pai era uma pessoa extremamente correta e dedicada à família e sempre se manteve distante da celebridade da irmã”�, diz Watkins. “�Quando tomei conhecimento da biografia, percebi imediatamente que estava diante de uma tremenda fraude, e da apropriação criminosa do nome do meu pai”.�

Segundo Leonardo, na época da morte de Monteverde o pai era engenheiro aposentado da Caixa Econômica e sócio-diretor da fábrica de vagões da família no estado do Rio. Tinha renda e patrimônio compatíveis com suas atividades como arquiteto e industrial. �No curto período de quatro anos em que a senhora Lily conheceu e foi casada com o senhor Alfredo, o relacionamento com o meu pai era distante.�

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Vida – Lily casou-se quatro vezes. O último marido foi o banqueiro Edmond Safra, do Banco Safra, que morreu em um incêndio em seu apartamento em Monte Carlo, em 1999. A autora da biografia levanta suspeitas sobre as circunstâncias da morte de Safra. O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a representante da HarperCollins no Brasil para saber a posição da editora, mas ela não retornou.

(com Estadão Conteúdo)

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