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Situação da economia brasileira é muito preocupante, diz Lagarde

Em entrevista à imprensa, diretora-gerente do FMI também afirmou que espera que a incerteza termine para que a economia se estabilize

Por Da Redação
14 abr 2016, 14h49

Apesar da reputação de lugar ensolarado e quente, ventos muito frios andam soprando no Brasil, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, durante a reunião de primavera do Fundo, em Washington.

“A situação da economia é muito preocupante em termos de desemprego, inflação e claramente em termos de crescimento potencial”, disse ela. “Esperamos que qualquer que seja o caminho, não entrando no debate interno sobre a situação política, a incerteza seja removida e a política macroeconômica brasileira seja estabelecida em terreno estável.”

Lagarde começou a entrevista falando do clima ensolarado em Washington na manhã desta quinta-feira e fazendo uma alusão com a situação econômica do planeta. “Há alguns raios de sol na economia mundial. Temos crescimento global e não estamos em crise, há sinais de que a confiança está melhorando e um número de países está crescendo a taxas razoavelmente robustas”, afirmou. “Mas há alguns cantos do mundo onde está frio, em parte porque a recuperação permanece muito lenta e muito frágil.” Ao falar do Brasil, ela voltou a fazer alusão ao clima e destacou a espera de uma queda de 3,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2016.

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Cenário global – Segundo Lagarde, a recuperação da economia mundial ainda é “muito lenta e frágil” e os países emergentes precisam ficar atentos ao aumento de riscos, incluindo a volatilidade nos fluxos internacionais de capital. “Há muito que se preocupar. Estamos alertas, mas não alarmados.”

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A possível saída do Reino Unido da União Europeia foi classificada pelo FMI como um “sério risco” para a economia mundial. “Minha expectativa pessoal é que esse casamento não termine”, disse ela. O Fundo deve divulgar em maio um estudo sobre os impactos dessa eventual saída, que deve ter repercussões nas relações de comércio e de investimento.

Lagarde defendeu a tese de que os governos adotem políticas fiscais, monetárias e estruturais em conjunto para tentar estimular a economia. A política monetária precisa continuar acomodatícia em alguns países, disse ela. Os juros negativos – como os adotados recentemente pelo Japão – podem até ter algum efeito positivo, mas as políticas fiscais precisam ser mais usadas pelos governos. Além disso, a dirigente ressaltou que a cooperação internacional dos governos precisa ser mais forte.

(Com Estadão Conteúdo)

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