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Silvio Santos estuda vender o PanAmericano e parte do SBT para saldar o empréstimo de 2,5 bilhões de reais

Por Da Redação
11 nov 2010, 07h30

Além de ter se incomodado com o fato de ter de ir a Brasília pedir socorro, Silvio Santos ainda enfrenta um problema familiar: o banco era comandado por Rafael Palladino, seu concunhado

O empresário e apresentador Silvio Santos, controlador do PanAmericano, estaria disposto a vender o controle do banco como forma de honrar o empréstimo de 2,5 bilhões de reais recebido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). De acordo com a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, embora a instituição ainda não tenha sido colocada à venda, essa já é considerada a solução mais rápida para começar a arrecadar o dinheiro.

Na terça-feira, o Grupo Silvio Santos fechou um acordo com o Banco Central (BC) para ter acesso a um empréstimo de 2,5 bilhões de reais para “salvar” o PanAmericano, após serem constatadas inconsistências contábeis no balanço da instituição. Em troca, o Grupo Silvio Santos ofereceu como garantia os bens do patrimônio empresarial – que incluem o STB e o Baú da Felicidade. A fraude sofrida pelo banco foi detectada há pouco mais de cinco semanas por técnicos do BC.

O problema foi percebido durante a análise das operações de crédito vendidas pela financeira do Grupo Silvio Santos aos grandes bancos de varejo. Na análise feita pelo BC, foi constatado que essas instituições haviam adquirido operações do PanAmericano em número menor que o declarado pela financeira do empresário Silvio Santos. É como se o comprador declarasse a aquisição de 10 carteiras, mas o vendedor registrava a venda de 50 operações. Ao reconhecer a falha, Silvio Santos tomou a frente das negociações para recuperar a saúde financeira da instituição financeira.

Venda – Como o problema do PanAmericano é apenas contábil, o banco ainda é considerado um bom negócio pelo Grupo Silvio Santos, sobretudo após a capitalização anunciada na quarta-feira. De acordo com o Estado de S. Paulo, desde que o BC apurou a falha no balanço da instituição, Silvio tem analisado todas as opções de venda de patrimônio. No ano passado, o PanAmericano estava avaliado em 2 bilhões de reais – o banco é, de longe, o mais importante e rentável braço do Grupo Silvio Santos. Para se ter ima ideia, estima-se que, em 2010, o SBT deve encerrar o ano com um prejuízo de 40 milhões de reais.

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O grupo possui ainda outros negócios, como a empresa de cosméticos Jequiti, a companhia de empreendimentos imobiliários Sisan e a rede de lojas de varejo do Baú Crediário – em 2009, Silvio Santos encerrou o Carnê do Baú e os serviços migraram para o varejo.

Dívida – Segundo o jornal, o apresentador está angustiado para quitar seu débito o mais rápido possível. Eles estuda até mesmo a venda de participação no SBT. Embora a liquidação do PanAmericano tenha sido cogitada no mercado, Silvio preferiu garantir o empréstimo a ver sua imagem pública manchada pelo episódio. Além de ter se incomodado com o fato de ter de ir a Brasília pedir socorro, o apresentador ainda enfrenta um problema familiar: o banco era comandado por Rafael Palladino, casado com a irmã da mulher de Silvio. Ele é apontado como um dos responsáveis pela fraude.

Leia na coluna de Augusto Nunes:

O presidente Lula alega que não há como melhorar a saúde dos brasileiros sem os 40 bilhões de reais anuais da CPMF. Falta o dinheiro que sempre aparece quando um amigo do governo precisa. Para tirar da UTI o Banco Panamericano, por exemplo, o animador de palanque ajudou o animador de auditório Sílvio Santos a conseguir um empréstimo de bom tamanho: 2,5 bilhões de reais. São 4,9 milhões de salários mínimos.

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