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Setor público tem o pior resultado até abril desde 2009, aponta BC

Superávit de R$ 32,44 bilhões é o pior para o primeiro quadrimestre em seis anos. Em abril, economia para pagar juros da dívida ficou em R$ 13,44 bilhões

Por Da Redação
29 Maio 2015, 12h56

O setor público brasileiro registrou um superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) de 32,44 bilhões de reais até abril, o pior número para o primeiro quadrimestre desde 2009, quando houve saldo positivo de 30,61 bilhões de reais. O resultado fez o déficit primário em 12 meses chegar a 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira. As contas do setor público reúnem Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras.

O resultado fiscal de janeiro a abril foi influenciado pelo superávit de 15,524 bilhões de reais do Governo Central. Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de 17,197 bilhões de reais. Já as empresas estatais tiveram um resultado negativo de 272 milhões de reais no período.

“Os resultados ainda se mostram negativos, deficitários, por incorporarem principalmente os desempenhos do ano passado, sobretudo no segundo semestre”, afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, sobre o déficit acumulado em 12 meses. “À medida que esses resultados forem sendo substituídos pelos desempenhos mais recentes, isso também vai mostrar uma melhora na métrica”, disse.

Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista. A meta de superávit para o ano de 2015 é de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1% do PIB, ainda distante do resultado deficitário no acumulado nos últimos 12 meses.

Nos últimos dias, os porta-vozes do BC têm elogiado o esforço do governo em fazer contingenciamento, alegando que a política fiscal torna os impactos da política monetária mais eficazes. Desde outubro do ano passado, a diretoria da instituição promove um ciclo de alta dos juros básicos, atualmente em 13,25% ao ano. Na semana que vem há uma nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a corrente majoritária do mercado financeiro acredita que o colegiado irá elevar a Selic mais uma vez em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

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Apenas em abril, o resultado fiscal do setor público consolidado ficou em 13,44 bilhões de reais, acima dos 10,5 bilhões de reais projetados por analistas consultados pela Reuters.

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Dívida – A dívida líquida do setor público subiu para 33,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em abril, ante 33,1% de março. Em dezembro de 2013, ela estava em 33,6% do PIB e, ao final do ano passado, em 34,1%. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou abril em R$ 1,897 trilhão.

Já a dívida bruta encerrou o mês passado em R$ 3,468 trilhões, o que representou 61,7% do PIB. Em março, o saldo da dívida estava em R$ 3,480 trilhões, ou 62,4% do PIB. Em dezembro, essa relação estava em 63,5% e, em dezembro de 2013, em 56,7%.

(Da redação)

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