Setor público economiza R$ 21,1 bi em janeiro para pagar dívidas
Estados e municípios contribuíram com R$ 10,5 bilhões do superávit primário. Governo central registrou saldo positivo de R$ 10,1 bilhões, segundo BC
O setor público, formado pelo governo central, estatais, Estados e municípios, conseguiu economizar 21,1 bilhões de reais em janeiro, maior do que o visto em janeiro de 2014 (19,9 bilhões). Em dezembro passado, o setor público registrou déficit primário de 12,8 bilhões de reais, o pior desde 2001.
De acordo com dados do Banco Central, divulgados nesta manhã de sexta-feira, os governos regionais foram responsável pela maior parte do resultado, por terem registrado superávit de 10,5 bilhões de reais no período. O governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) também conseguiu chegar a um saldo líquido positivo de 10,1 bilhões de reais, ao descontar as despesas de suas receitas. Por fim, as estatais economizaram 444 milhões de reais.
O saldo é positivo, mas o desafio ainda é grande para a equipe econômica de Dilma chegar à já reduzida meta do superávit primário, de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) ou 66,3 bilhões de reais para 2015. O aumento do desemprego e a queda no consumo das famílias – consequentemente, piora da economia – vão ser obstáculos desafiadores para o restante do ano.
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Em meio à árdua tarefa de atingir a meta fiscal neste ano, a equipe econômica de Dilma Rousseff publicou na quinta-feira um decreto que limita a 75,1 bilhões de reais as despesas da máquina federal até o fim de abril, incluindo investimentos do PAC.
Em outro movimento de ajuste fiscal, o governo também anunciou nesta sexta-feira a revisão das regras da desoneração da folha de pagamento de setores produtivos. A partir de junho as empresas passarão a recolher 4,5% e 2,5% do faturamento em substituição ao recolhimento sobre a contribuição previdenciária e não mais 2% e 1%.