Após Câmara, Senado aprova plano para teto da dívida

Originado de um acordo entre o presidente Barack Obama e líderes do Congresso, o plano não é considerado o ideal nem por republicanos, nem por democratas; ele afasta, contudo, a possibilidade de calote

Por Da Redação
2 ago 2011, 13h49

Vista do Capitólio, em Washington, na manhã de 2 de agosto - dia da votação final para elevar o teto da dívida americana (Chip Somodevilla/AFP/VEJA)

O próximo passo é a assinatura do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

Após a aprovação na Câmara dos Representantes nesta segunda-feira, foi ratificado no Senado o plano para aumentar o teto da dívida pública proposto no domingo pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e por líderes dos partidos republicano e democrata. O mínimo necessário para obter a aprovação era de 60 votos, mas o projeto passou na Casa por 74 votos a favor e apenas 26 contra.

A próxima etapa é a sanção presidencial. Com o acordo, o governo americano livra-se da possibilidade de um iminente de calote, já que o prazo estabelecido pelo Tesouro para que o teto da dívida estourasse ia até esta terça-feira. “Esta não é a proposta que eu escreveria, não é um motivo para celebrar, mas acredito que nos dará tempo para encontrarmos a solução real do problema”, discursou o senador republicano Mitch McConnell, que teve atuação fundamental na proposição do acordo bipartidário.

“Eu reconheço que ainda há muito o que se fazer. Afinal, o plano atinge mais a classe média americana e os mais ricos não contribuem em nada”, afirmou o senador Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado, em seu discurso antes da votação.