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Sem chuva, água de usinas só daria para um mês de consumo de energia

É o que mostram dados compilados pelo Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético, com base em números do ONS

Por Da Redação
22 jan 2015, 10h43

A seca que atinge as Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste reduziu tanto o nível dos reservatórios que, se não chovesse nada nas próximas semanas, a quantidade de água armazenada daria apenas para um mês de consumo de energia no Brasil. Os dados foram compilados pelo Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), com base em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Não vimos essa situação nem em 2001 (ano do racionamento)”, diz o presidente do Ilumina, Roberto Pereira D’�Araújo.

Na terça-feira, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estavam com 17,63% de armazenamento (no ano passado, nessa mesma época, o nível dos lagos da região estava em quase 40%); do Nordeste, 17,32%; do Norte, 35,26%; e do Sul, 67,84%. Como o sistema nacional tem outras fontes de energia, como eólicas e térmicas, e a expectativa é que chova, mesmo que pouco, o sistema consegue suportar o consumo durante mais tempo. “Mas esse é um dado que mostra como o Brasil, que depende quase 70% da hidreletricidade, está descuidando da fonte de energia”, afirma D’�Araújo.

Na avaliação dele, a situação atual é resultado de uma expansão da oferta baseada em térmicas caras, que só entram em operação em casos extremos. Apesar de a capacidade instalada do país aumentar, as hidrelétricas são sobrecarregadas, pois têm de gerar pelas térmicas que não entram em operação, afirma o executivo. Pelas regras do ONS, as usinas obedecem a uma fila para entrar em operação. Primeiro entram as unidades mais baratas. Se o valor da térmica superar o valor do mercado à vista (PLD), que ficou boa parte do ano passado em 822 reais o MWh, a diferença entre o preço da energia e o PLD é transferido para a tarifa do consumidor.

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Cuidado – Como um dos lemas do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) sempre foi a redução dos preços da energia, as térmicas ficaram em stand by enquanto a água dos reservatórios foi consumida. “Não houve cuidado para preservar o nível de armazenamento. A única preocupação foi a modicidade tarifária.” Para Cristopher Vlavianos, da comercializadora Comerc, a saída para o Brasil será apostar nas térmicaS na base – isso significa operar initerruptamente. “Caso contrário, vamos depender cada vez mais das chuvas”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

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