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Revés em votação da lei orçamentária aproxima governo americano da paralisação

Câmara dos Representantes aprova emenda que adia reforma da saúde, mas texto deve ser rejeitado pelo Senado. Prazo para nova proposta acaba na segunda

Por Da Redação
29 set 2013, 11h37

Sem acordo no Congresso para a lei orçamentária, o governo americano está cada vez mais próximo da paralisação parcial. Às vésperas do início do novo ano fiscal nos Estados Unidos (1º de outubro), a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, aprovou neste domingo uma emenda que adia o projeto de reestruturação do sistema de saúde, conhecido como Obamacare, carro-chefe da campanha eleitoral do presidente Barack Obama. Como o texto deve ser rejeitado pelo Senado, onde os democratas têm maioria, o Congresso terá pouquíssimo tempo para um novo acordo antes de 1º de outubro. Sem lei orçamentária, a partir da próxima terça-feira o governo só terá autorização para gastar o que for estritamente necessário.

Com 231 votos a favor e 192 contra, a Câmara alterou o projeto que havia sido aprovado na sexta-feira no Senado, acrescentando uma emenda que adia por um ano o início da reforma do setor de saúde, como a oferta de seguro médico para todos os americanos, prevista originalmente para vigorar já em 1º de outubro. A casa também aprovou por 248 a 174 votos a revogação de um tributo de 2,3% sobre aparelhos médicos, que havia sido criado para ajudar a financiar programas de saúde. Na mesma sessão, foi aprovado por unanimidade outro projeto de lei que garante a continuação do pagamento aos militares em caso de paralisação temporária do governo.

Segundo o líder da maioria democrata na Câmara, Harry Reid, “o Senado rejeitará um atraso de um ano na implementação da reforma de saúde e o cancelamento do imposto sobre equipamentos médicos”.

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Para Reid, a única opção que a Câmara tinha para evitar a paralisia era adotar sem reservas o plano aprovado na sexta-feira pelo Senado, que desvinculava o orçamento do debate sobre a reforma da saúde. “Qualquer membro do partido republicano que vote a favor desta lei está votando a favor da paralisação do governo”, assegurou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, horas antes da votação. Mas o partido republicano, sobretudo sua ala mais conservadora, o Tea Party, quis atrelar ao texto orçamentário medidas de cortes de gastos e redução do teto da dívida, que, por sua vez, não são aprovadas pelos democratas, fonte do impasse.

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Se confirmada, esta será a primeira paralisação parcial do governo desde o final de 1995, quando duas crises orçamentárias seguidas custaram 1,4 bilhão de dólares aos contribuintes, segundo dados oficiais. Entre alguns efeitos da paralisação parcial do governo estão o congelamento dos salários de cerca de 800 mil funcionários, o fechamento de Parques Nacionais e o atraso na emissão de passaportes.

(com agência Reuters, EFE e Estadão Conteúdo)

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