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Saída definitiva de Dilma já está nos preços do mercado financeiro, diz economista

Valores de ativos, especialmente na Bovespa, refletem aposta de que há ao menos 50 votos favoráveis ao afastamento da presidente

Por Da Redação
11 Maio 2016, 16h26

Os mercados financeiros, especialmente o de ações, já embutem nos preços dos ativos pelo menos 50 votos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, nesta fase de maioria simples, e 54 – ou dois terços dos votos – na segunda votação, que requer um placar qualificado. A observação é do economista-chefe e gestor de investimentos da INVX Global Partner Capital Asset, Eduardo Velho.

Para Velho, a queda de cerca de 2,5 pontos porcentuais na parte longa da curva de juros, com o DI para 2021 passando para 12,3%, é outro indicador de reação positiva do mercado ao impeachment da presidente da República.

“Estou moderadamente otimista com a reação dos mercados nos primeiros meses do governo Temer. Nesse sentido, avalio que existe um espaço, ainda que não no curtíssimo prazo, para um canal de alta do mercado de renda variável, com uma implementação bem sucedida da nova política econômica”, disse o economista.

Velho avalia que Henrique Meirelles, caso seja mesmo elevado ao cargo de ministro da Fazenda, vai anunciar medidas econômicas de curto prazo que vão impactar positivamente e contribuir para que um eventual governo Temer consiga atravessar as pressões e manifestações que entidades filiadas ao PT e o próprio partido farão quase que diariamente até bem próximo das eleições municipais.

Medidas impopulares – Antes das eleições para prefeitos e vereadores, em outubro, avalia o economista da INVX Partner, o governo Temer não terá espaço para encaminhar medidas mais impopulares, como o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) e mudanças na Previdência Social.

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Mas poderá promover, por iniciativa de Meirelles, a Desvinculação de Receitas da União (DRU), mostrando para a sociedade que, desta vez, a cota maior de sacrifício para reequilibrar a área fiscal virá do governo. “Concomitantemente a isso, o novo presidente do Banco Central (BC) já terá a anuência da inflação para reduzir a taxa de juros, especialmente se o presidente for o Ilan (Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco)”, prevê. Três fontes confirmaram nesta quarta-feira ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que Ilan foi o escolhido para comandar o BC no governo Temer.

Passadas as eleições municipais, na avaliação de Velho, Michel Temer já teria maior espaço para fazer passar medidas de médio e longo prazos e antipopulares, como a volta da CPMF e mudanças na Previdência.

“Acho que Meirelles vai tocar o programa de infraestrutura deixando que a taxa de retorno seja formada pelas condições de mercado. Hoje, ao contrário do que se via no momento de lançamento do Plano Real, as empresas estão mais endividadas e, por isso, vamos precisar das companhias estrangeiras. Aí a taxa de retorno em dólar precisará ser atraente”, disse Velho.

O economista entende ainda que, com a volta da confiança, a perspectiva de uma inflação abaixo de 6% no ano que vem será maior, o que abrirá espaço para Meirelles colocar títulos em leilões primários a custos mais baixos. “Isso ajudará a reduzir o déficit nominal”, concluiu.

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(Com Estadão Conteúdo)

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