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Saiba o número crucial que revela que a TelexFree tem características de pirâmide

Vendas de serviço de telefonia (Voip) garantiram apenas 1,3 milhão de dólares em receita para a TelexFree em menos de dois anos; em compensação, entrada de novos usuários foi responsável por faturamento de mais de 300 milhões de dólares

Por Da Redação
25 abr 2014, 19h33

A principal característica que diferencia uma empresa de marketing multinível de uma pirâmide é a origem de seus ganhos. Se a receita que sustenta a empresa for proveniente da venda de um produto, a operação é legal. Se a origem do dinheiro for a adesão de novos membros a uma rede, tudo indica se tratar de uma pirâmide. Diante desse critério, não resta dúvida que a TelexFree dos Estados Unidos é um esquema de pirâmide financeira. Segundo documentos protocolados na Justiça americana, a empresa faturou apenas 1,3 milhão de dólares com a venda de seu produto: um serviço de telefonia via dados (Voip), que permite ligações a preços abaixo dos praticados pelas operadoras. No mesmo período, contudo, a empresa arrecadou 302 milhões de dólares por meio da adesão de “divulgadores” por meio de seus pacotes ‘AdCentral’ e ‘AdCentral Family’.

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Os documentos mostram ainda que apenas 26,3 mil serviços de Voip foram vendidos pela TelexFree nos Estados Unidos. No entanto, a empresa contava com 48.000 divulgadores de seu pacote AdCentral (cuja adesão custava 339 dólares) e 202.000 membros no pacote AdCentral Family (com adesão a 1.425 dólares). Ou seja, a conta entre os serviços vendidos e a quantidade de divulgadores não fecha. Ocorre que as pessoas que ‘investiam’ (por assim dizer) nos pacotes obtinham ganhos com base na quantidade de anúncios da TelexFree que postavam nas redes sociais e no número de novos membros que conseguiam angariar para a rede – e não nos serviços de telefonia que vendiam. “Em resumo, a TelexFree tem operado uma clássica pirâmide financeira. Seus ganhos advindos do Voip são muito pequenos e a empresa é forçada a usar dinheiro de novos entrantes para pagar os investidores mais antigos”, afirma o documento protocolado na Justiça.

No Brasil, a TelexFree também teve sua operação bloqueada, mas ainda está sob investigação. Nos Estados Unidos, há uma acusação formal contra a empresa feita pela Securities and Exchange Comission (SEC), a autoridade que regula o mercado de capitais americano. No Brasil, o sócio da TelexFree Carlos Costa afirmou em um vídeo datado de 15 de agosto do ano passado que a empresa “nunca foi e nunca será” uma pirâmide financeira. “Nós não dependemos de ninguém entrar no sistema para poder pagar as pessoas que já estão nele”, disse.

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