Ryanair compra 175 aviões Boeing 737 por US$ 15,6 bi
Este é o maior pedido de aviões da história de uma companhia aérea europeia e acontece depois de sua rivar Airbus anunciar o maior contrato da história da aviação, de US$ 24,05 bilhões
A companhia aérea irlandesa de voos de baixo custo Ryanair anunciou nesta terça-feira um grande pedido de 175 Boeing 737-800, aviões de passageiros. O conjunto das aeronaves está avaliado em 15,6 bilhões de dólares a preço de catálogo. “O acordo foi assinado em Nova York, entre o diretor geral da Ryanair, Michael O’Leary, e o presidente do setor de aviação civil da Boeing, Ray Conner”, afirmou a companhia aérea em um comunicado.
Este é o maior pedido de aviões da história de uma companhia aérea europeia. O negócio vai aumentar a frota da Ryanair para cerca de 400 aviões, ante os atuais 300, já que 75 aeronaves sairão de linha, e mantém a empresa como uma das únicas companhias aéreas cuja frota é somente de Boeings.
A encomenda para as aeronaves 737 de geração atual dá um impulso oportuno para a Boeing, que na semana passada recebeu aprovação dos Estados Unidos para fazer testes de voo para seus 787 Dreamliner, parados após incidentes. O negócio também vai propiciar uma suave transição para as novas aeronaves 737 Max, agendadas para entrar em serviço em 2017.
O modelo 737-800, referência na indústria, é avaliado em 89,1 milhões de dólares a preço de tabela, mas grandes encomendas trazem grandes descontos e especialistas da indústria dão ao avião um valor aproximado de 40 milhões de dólares.
A encomenda acontece após, na segunda-feira, a europeia Airbus, rival da Boeing, anunciar o maior contrato da história da aviação civil, de 234 A320, por 18,4 bilhões de euros (24,05 bilhões de dólares), por parte da companhia indonésia de baixou custo Lion Air. Para enfatizar a magnitude deste acontecimento, o contrato foi assinado no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo presidente da Lion Air, Rusdi Kirana, e o da Airbus, na presença do presidente francês François Hollande. O contrato representa 5.000 empregos na França ao longo de dez anos, segundo a presidência francesa.
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(com agências France-Presse e Reuters)